Atenção..

Prezado visitante.

O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas; gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc,) são afastados de seu contexto de origem, criando assim, graves perigos para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis pelos males causados.

sábado, 16 de julho de 2011

A Cabaláh do Conteúdo

Os Vasos de Porcelana de Cada Um....

Vaso de Porcelana

O Grande Mestre e o Guardião dividiam a administração de um mosteiro zen. Certo dia, o Guardião morreu e foi preciso substituí-lo.

O Grande Mestre reuniu todos os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado. - Vou apresentar um problema - disse o Grande mestre - e aquele que resolver primeiro, será o novo Guardião do templo.

Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala. Em cima estava um vaso de porcelana caríssimo, com uma rosa a enfeitá-lo. - Eis o problema - Disse o Grande Mestre.

Os discípulos contemplavam, perplexos os que viam: os desenhos sofisticadas e raros da porcelana, a frescura e a elegância da flor . O que representava aquilo ? O que fazer ? Qual seria o enigma ? Depois de alguns minutos , um discípulo levantou-se , olhou o mestre e os alunos a sua volta. Depois , caminhou até o vaso, e tirou-o no chão .... Destruindo-o. -Você é o novo Guardião - disse o grande Mestre para o aluno – e explicou : - Eu fui bem claro : Disse que vocês estavam diante de um problema . Não importa quão belo e fascinante seja , um problema tem que ser eliminado.

"Um problema é um problema: pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado mas que insistimos em percorrê-lo porque nos trás conforto. Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando de frente . Nessas horas, não se pode ter piedade, nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo."

domingo, 10 de julho de 2011

A CABALÁH DE PENSAR

PENSE ANTES DE AGIR

Pensar,-antes-de-actuar

Um pai no leito de morte deu instruções a seu filho: "Nunca tome uma atitude quando estiver irado. Contenha-se e retarde sua reação até o dia seguinte."

Passaram-se os anos; o filho casou-se e viajou para o outro lado do oceano a negócios, sem saber que a esposa esperava um filho. Devido às guerras que ocorreram, não lhe foi possível voltar para casa por alguns anos. Não pôde deixar de indagar-se se a esposa não poderia tem-lo dado como morto e casado novamente.

Quando finalmente retornou, chegou a casa tarde da noite. Enquanto estava parado em frente à porta, escutou a esposa falando carinhosamente com alguém. Foi dominado pela fúria, e estava pronto a irromper na casa e a atacar sua mulher e o estranho. Porém, lembrou-se das palavras do pai e refreou-se. Então ouviu a esposa dizer: "Querido filho, como eu gostaria que seu pai soubesse do filho maravilhoso que tem. Um dia ele voltará para nós."

O homem chorou de alegria, e ficou grato ao pai pelas sábias palavras que lhe deixara como herança.

A Cabaláh, ensina que devemos controlar nossa alma animal, “Nefesh Habaamit, o mais comumente conhecido “Yetser Haráh”, esta alma animal, não é um animal bruto, uma besta, é um astuto animal, a raposa, havendo necessidade de grande sabedoria e equilíbrio espiritual para perceber suas artimanhas. Algumas vezes veste-se de Tsadik, um integro, humilde, possuidor de boas virtudes. A tal ponto que você lhe outorga honras não merecidas, sandak (padrinho) de Berit Miláh (circuncisão), testemunhas de casamento, honras para cerimônias religiosas. E quando um alma, a denuncia, existem alguns que não desejam escutar, nem enxergar. Porque esta alma “denunciante”, que coloca nu a alma farsante, e ninguém quer ver a verdadeira alma de alguém que confia, é banida da mente, do coração, daqueles inocentes, que deixaram-se persuadir, “pelas simples bondades” que apresentou a alma farsante ou alma animal.

Porque a alma animal manifesta-se dentro de cada ser humano, de cada pessoa, conforme seu caráter individual. Muitas vezes à alma animal ataca nos pontos mais fracos, Avodáh (serviço a D’us, a oração), vai convecendo-nos, que tal lugar não é bom para mim, que é preferível rezar no lar, que esta chovendo, que faz frio, que estou cansado.

E o ser humano, deve pensar antes de agir, assim dizem os mestres da Cabaláh. Devemos meditar, e superar essas artimanhas, e não deixar que nos atrapalhe na realização de uma boa ação ou preceito, ou fazer Avodáh (com mais pessoas, em publico, com cânticos) com mais intenção e concentração. Nunca deixe que o interior convença que existe uma ação nobre e elevado e que pode postergar o serviço a D’us e a realização de uma boa ação.

As conseqüências do convencimento, se observam na idéia de isolar-se, de negar o mundo, de convencer-se de objetivos, que não se conhecem, de imaginar-se situações ou espaços onde só temos uma idéia superficial.

Para isto devemos trabalhar as faculdades intelectuais: Chochmáh (Sabedoria) – Bináh (Inteligência) – Daat (Conhecimento); e este trabalho através da oração permitira que influenciem nas sete Sefirot ou emanações emocionais, que se derivam das Dez Sefirot Superiores. Tudo isto aplica-se aos três níveis da alma: Nefesh (alma material), Ruach (inspiração Divina, o equilíbrio do material e espiritual), Neshamáh (alma espiritual), que se investem no corpo humano. Porem “Mesirut Nefesh” a disposição a entrega, a conectar-se aos mandamentos Divinos, é a essência de não desligar-nos do Criador, se isto sucede perdemos a energia do Ein Sof, do infinito, e por tanto as Sefirot que se iniciam na Sefiráh – Emanação – Chochmáh (sabedoria), se confunde e acha o certo por errado e o errado por certo, se isola, não ouve nem escuta, não compreende, não entende, e como um animal, não enxerga aos lados e se vai perdendo, até desprender-se do essencial, para achar que ele esta correto.

Devemos aprender das orações, que por paz, harmonia, se retrocede três passos, e ao enxergar uma visão diferente temos idéia da verdadeira dimensão de nosso caminho.