Atenção..

Prezado visitante.

O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas; gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc,) são afastados de seu contexto de origem, criando assim, graves perigos para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis pelos males causados.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Cabaláh dos Sonhos

O SEGREDO DOS SONHOS

sonhos

Não é muito difícil afirmar que cada pessoa sonha, ou que alguma vez sonhou. Ao despertar de um sonho agradável ou de um pesadelo, é natural que surjam uma série de interrogantes e o impulso lógico é buscar respostas no campo secular, sem pensar que a Cabaláh, que contempla cada aspecto da vida, desde o mais significativo ao mais mundano, nos proporciona um acúmulo de informação que serve de guia e tem a virtude de ser verídica. É surpreendente a quantidade de referências que existem, nas obras filosóficas, e especialmente nos escritos místicos da Cabaláh.

Os sonhos têm uma vida tão longa quanto a do ser humano. Alguns dos sonhos relatados na Bíblia têm caráter profético. A Cabaláh afirma que os sonhos contêm importantes predições e Rabi Isaac de Luria assevera que muitos profetas viram suas profecias em sonho.

O primeiro sonho profecia, o teve o Patriarca Avraham, quando fez o Pacto com D’us e Este lhe assegurou que seria pai de um povo números. Neste momento ele ficou adormecido e, em sonhos, ouviu a voz de D’us, o Qual predisse o futuro de sua descendência, seus sofrimentos no desterro e sua recompensa. O segundo sonho profético o teve o Patriarca Iahacov (Jacob), quando fugia do seu irmão Essav (Essau) e viu a escada que chegava até o céu, pela qual ascendiam e descendiam Mensageiros Celestiais. D’us lhe falou de cima da mesma, prometeu-lhe proteção e fecundidade e assegurou-lhe que esta terra pertencia à sua descendência. O terceiro sonho profético é o de Iossef (José o príncipe de Egito), o dos feixes no campo, o sol, a lua e onze estrelas que se inclinam diante dele. Logo se relata a explicação que Iossef (José) deu aos sonhos do copeiro e do padeiro do Faraó, bem como a interpretação dos sonhos do próprio faraó, que se cumpriram com os sete anos de abundância e os sete anos de seca e fome.

As fontes bíblicas e Rabínicas distinguem entre os sonhos proféticos e os chamados sonhos normais, que podem expressar aspectos pessoais cuja importância depende não só da compreensão de quem os sonhou, mas da perspectiva objetiva que outro lhe possa acrescentar. Os sonhos podem conter uma mensagem ou ser a expressão da configuração dos pensamentos que a pessoa armazenou.

O ponto crítico é que os Sábios do Cabaláh consideram que as pessoas não sonham para satisfazer um desejo - seja este de ordem sexual, como o postula Freud, de poder, segundo Gustav Adler, ou de uma inspiração cósmica e transcendental, como o afirma Carl Jung. Muito mais que isso, eles vêm os sonhos como expressão de toda uma ampla gama de idéias que vai desde acontecimentos quotidianos, não assimilados, até o mais profundo simbolismo; desde desejos irracionais à racionalidade; da moralidade à sabedoria inconsciente - uma função muito importante do processo mental que, eles supõem, pode ser potencial para inspiração divina.

Outra característica comum dos sonhos é a linguagem simbólica, aquela na qual as experiências, sentimentos e pensamentos são expressos como se fossem vivências sensoriais ou eventos do mundo real.

É uma linguagem com uma lógica diferente à que temos quando estamos despertos, está governada por intensidade e associação em vez de por tempo e espaço; é universal, e a raça humana a desenvolveu em forma constante.

A Cabaláh fala da necessidade de interpretar os sonhos; um sonho mau pode transformar-se em um bom, o que se chama "melhorar o sonho", pois ao se interpretar para o bem, o bom se cumprirá, sendo certo também o contrário. Os reis de outrora contavam entre seus assessores com pessoas com a habilidade na interpretação dos sonhos; houve sábios judeus que se dedicaram a esta disciplina e na Literatura Rabínica se fala de 24 especialistas neste assunto que residiam em Jerusalém e eram generosamente retribuídos por seu ofício.

 

Sonho e exílio

Em termos macrocósmicos, o mundo se considera dormindo, incapaz de reconhecer a Divindade que o permeia; só percebe o tangível, a realidade física, e considera a espiritual um mito, já que esta não está revelada. Quando seja revelada a Energia, o mundo se aperfeiçoará e a Divindade ficará a descoberto. A revelação Divina, como a luz da manhã, despertará os dormidos filhos de Israel. Assim como a luz do dia segue à escuridão da noite, do mesmo modo a luz revelada virá depois da escuridão do exílio; será o fim das contradições, o final do sonho; a mudança total de um momento a outro, o despertar do mundo para uma nova era.

O ponto de vista místico

Considera-se que quando a pessoa dorme, sua alma se libera das limitações e vínculos que o corpo lhe impõe na vida diária. A alma tem cinco níveis: Nefesh, que é o impulso vital; Ruach, que nos permite funcionar; Neshamáh, Chaiáh e Iechidáh. Na medida que o nível é mais espiritual, menor é a restrição da alma. As pessoas que têm todos os níveis ativos durante o dia são os Profetas, através dos quais fala D’us; aqueles que têm os quatro níveis ativos, podem ter visões proféticas; com os três, sonhos, intuições e premonições.

A alma pode ser comparada a um periscópio que vê tudo o que os olhos não podem ver, e a pessoa dormida libera a alma do que o consciente não aceita. O Zohar diz que quando a pessoa dorme, a alma se eleva e retorna à sua fonte; lá se refresca e logo retorna para começar de novo cada dia com vigor e energia. É realmente o corpo que deve descansar; a alma não vai dormir, faz o que lhe corresponde no seu âmbito. Se a pessoa leva uma vida de santidade, uma vida honesta e clara durante o dia, a alma sobe rapidamente e isto se reflete nos sonhos positivos, agradáveis, significativos, Quando se tem uma atitude negativa ou de pessimismo, geralmente os sonhos têm a mesma natureza; a alma fica então estancada num lugar entre a alma e o corpo e produz-se o que se conhece com o nome de "pesadelo".

Quando estamos acordados, somos seres racionais, ativos, realistas; ao dormir, passamos a um tipo de existência totalmente diferente; podemos conceber coisas que nunca ocorreram, na realidade coisas sem antecedentes. Algumas vezes somos os heróis, outras os vilões, em belos cenários ou em cenas de terror. Mas a maioria dos sonhos compartem a característica de não se limitarem às leis da lógica que governam nosso pensamento consciente. Descuidam-se as categorias de tempo e espaço: pessoas falecidas podem estar de repente vivas, acontecimentos que vemos como parte do presente podem ter ocorrido há muitos anos. Também não se presta maior atenção ao espaço. Podemos nos trasladar de um lugar a outro com rapidez, estar em dois lugares ao mesmo tempo, fundir duas pessoas numa ou converter uma pessoa em outra. Nos sonhos somos criadores de um mundo onde o tempo e o espaço que limitam todas as atividades de nosso corpo, não têm nenhum importância em absoluto e, contudo, têm a característica de serem reais, tão vivos que nos fazem questionar a realidade, com a desvantagem de que são rapidamente esquecidos ao acordar.

A interpretação dos sonhos não pode ser feita em forma homogênea. Embora os símbolos comuns e universais precisam ser considerados, é necessário se basear nos fatores pessoais, pois símbolos iguais podem significar coisas distintas para pessoas diferentes.

domingo, 10 de abril de 2011

A Cabaláh para os conflitos

Qual dos dois cachorros vencerão?

El alma y sus conflictos

“Sólo te ama aquel que ama tu alma”

Um homem sábio descreveu certa vez em seus conflitos internos:

Dentro de mim existem dois cachorros, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil.

“Os dois estão sempre brigando..."

Quando então lhe perguntaram:

Qual dos cachorros ganharia a briga?

O sábio homem parou,

refletiu

e respondeu:

"Aquele que eu alimentar".

“Nem só de pão viverá o homem, mas por tudo que procede da boca de D’us.”(Deuteronomio capitulo 8, versículo 3). Amén !!!

Esses cachorros são o instinto bom e o instinto ruim que existe em cada ser humano. O instinto bom, chamado de ietser hatov, é que possui a energia, a conexão com a Fonte Primaria, onde se alimenta a Alma. O instinto ruim é o lado escuro que esta em cada ser humano, que pode ser para cada um como “o buraco negro de nosso próprio universo”. Só com muita luz, ele começa a perder sua força destrutiva e ganha potencialidade no crescimento do ser humano.

Os três primeiros níveis da alma, dos cinco, Nefesh (alma do ser vivo), Ruach (alma intermédia), Neshamáh (alma superior), estão em paralelo com três centros de inteligência humana: a barriga (sobrevivência física), o coração (centro emocional), e a cabeça (centro mental). O trabalho de hitbodedut, meditação produto de um auto-isolamento, é um trabalho para poder meditar através do isolamento da mente a estímulos externos, assim como isolamento físico. Desta forma conseguimos que alma do ser humano possa reconectar-se, e aprender a discernir. Realizar este exercício permitira reconhecer “qual é o cachorro que necessita ser educado”, e por tanto alimentar-lo em forma correta.

Elimina a D’us e se haverá feito a noite na alma humana

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Cabaláh da Influencia

SUA VIDA AFETA OS DEMAIS!

A Ciência da Engenharia da Alma1

Às vezes não percebemos que tudo que fazemos

Afeta não só nossas vidas, mas toca também as dos outros.

Um único sorriso alegre pode sempre animar o dia

De qualquer um que estiver passando por seu caminho.

Um pouquinho de atenção, demonstrando que se importa com o próximo

Cria um raio de sol que vocês dois poderão desfrutar.

Sim, a cada vez que você estende uma mão amiga,

A cada vez que demonstra que se importa e entende,

Toda vez que tem uma palavra amável e gentil para oferecer,

Você ajuda alguém a encontrar beleza nesta preciosa vida que vivemos.

Pois alegria traz alegria e caminhos cheios de carinho trazem o amor,

E dar é o tesouro do qual a satisfação é feita !

Beleza, representada pela Sefiráh Tiferet,

A qual está no centro do Arvore da Vida.

Como fonte de luz, esclarece a noite e ilumina o dia.

Isto é amor, isto é dar.

Dar é Chessed, Misericórdia, a Sefiráh que equilibra os desejos de poder.

Está em linha com Hod, Gloria, a Sefiráh, que nos engrandece,

Quando dar é uma beleza, e glorifica nossas vidas,

Na magnificência de nosso ser, aumentado a energia,

Que dá sentido a nossa vida.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Cabaláh de Dar-se, A Cabaláh de Amar

O dar é a capacidade de Amar

Chagall e o amor

“Quanta verdade tem nossos sentimentos?, Isto é produto da sinceridade deles, mais deve combinar-se com o olhar da pessoa, para mostrar-lhe a transparência dos mesmos, senão são como palavras sem conteúdo expressadas com um sentimento vazio.”

“Cantar é o mais belos dos poemas, porque se desenha o mapa de nosso estado psicológico, a fontes de energia espiritual, a relação entre um e eles.”

É a combinação cósmica das Sefirot (emanações), com qualidades masculinas e femininas, intelectuais e emocionais, que combinadas exercem uma energia de entrega, de dar, e por tanto de amor.

A Cabaláh ensina que a Sefiráh Malchut (Reino, também é conhecida como Shechináh. A Shechináh desceu ao mundo para ser um copo para a Luz Divina e por tanto a experiência de comunicar-nos), é a que representa a fala, por tanto se pode falar sem dizer nada, o se pode dizer sem necessidade de falar. Se observarmos a figura “Arvore da Vida”, com suas 10 Sefirot, temos uma Sefiráh que a conseqüência direta de Chochmáh (sabedoria) e Bináh (inteligência), que é Dahat (conhecimento), observamos que diz no Livro de Gêneses (Bereshit), Capitulo 4, versículo 1: E conheceu Adam a Eva, sua mulher, e ela concebeu...”

Por tanto o conhecer é a transcendência da união, onde a Chochmáh deposita sua semente na matriz de Bináh. Chochmáh é masculino e Bináh é feminino. O conhecer a outro, é a inteligência de compreender e a sabedoria de entender, e o conhecimento me faz ir em busca de meu inconsciente para conquistar meu ego, e finalmente entregar-me para dar, e por tanto Amar.