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Prezado visitante.

O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas; gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc,) são afastados de seu contexto de origem, criando assim, graves perigos para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis pelos males causados.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A Cabaláh do Homem

 

O misticismo judaico à “Cabaláh”

 

Quem de nós, que em algum momento de sua existência, não olhou para os céus e percebeu a vastidão do universo. Alguns compreenderam se estender uma outra dimensão para alem das galáxias mais distantes, uma ordem invisível contendo e governando nosso mundo. Em todas as gerações, uns poucos penetraram esse véu e observaram a criação em sua origem. Sua visão nos é transmitida pela cabala, para que nos como Jacob, possamos também olhar a grande escada entre a terra e o céu, com suas hostes de D’us que sobem e descem.

Seria impossível falar de cabala sem antes falar de dois personagens, extraordinários que criaram, e de certa forma divulgaram a cabala através de seus ensinamentos, o primeiro e Rabi Akiba e o segundo Rabi Shimon bar Yochai este ultimo criador do zohar que vem a ser a espinha dorsal do misticismo judaico.

O zohar também conhecido como o livro do esplendor vem a ser o livro mais completo sobre a cabala, apresenta os primórdios da mística judaica; esta intimamente ligada aos segredos da criação do universo. Este livro magnífico trata da vida espiritual, o pensamento sobre a alma, a vida, a fé, o amor do homem para com o divino, e para com ele mesmo, o sofrimento e a morte, o exílio e a redenção.

Da conexão oral pouco pode ser visto, porque a concessão do conhecimento depende do relacionamento sutil entre o mestre e o aluno. Da tradição escrita a muito para ser visto, pois todas as épocas produziram sua versão do ensinamento imutável.

Esses relatos feitos por cabalistas do passado, contudo, são freqüentemente difíceis de ler, não só porque falam de mundos fora da visão natural, mas também porque foram enunciados na linguagem especifica da escola e da época.

Uma coisa é certa o homem ocupa um “papel” principal neste mundo.

O lugar do homem e o mundo. Como imagem de D’us, o homem tem grande possibilidade de realizar a Imanência presente do universo. O mundo supre as condições para o trabalho do homem em direção à perfeição e, em retorno, o homem auxilia o mundo em direção a conclusão, reunindo o que estava separado. Nesse conhecimento mutuo, o imanente e o transcendente se encontram no lugar de D’us.

A ALMA HUMANA

Dos níveis mais baixos ate os mais altos, a alma humana é uma entidade única e singular, apesar de ter muitas facetas. Em seu ser mais profundo, a alma do homem e parte do divino, e a este respeito, e uma manifestação de D’us no mundo. Com certeza, o mundo como um todo pode ser visto como manifestação divina, mas o mundo permanece algo diferente de D’us, enquanto que a alma do homem, em suas profundezas pode ser considerara como uma parte de D’us. De fato, somente o homem, em virtude de sua alma divina, tem o potencial algo da capacidade real, de D’us em si mesmo. Este potencial se expressa como a capacidade de ir alem dos limites de uma existência dada, de deslocar-se livremente, e escolher outros caminhos, possibilitando ao homem atingir as maiores alturas ou cair no precipício mais profundo. Em outras palavras, e o poder de querer e de criar.

Portanto, do livre - arbítrio do homem deriva seu único potencial do fato que e uma parte da vontade divina, sem limites e sem restrição. O poder criativo do homem também e derivado do mesmo poder divino de criar coisas que nunca existiram antes, destruir coisas que já existem, e inventar novas formas. Neste sentido também o homem e feito à imagem de D’us.

E compreensível que o divino não apareça no homem em toda a infinitude do deu ser; e falamos somente de um aspecto de D’us, ou de uma faísca divina que constitui a essência da vida interior do ser humano. Por mais velada e mascarada que esteja em seu contexto mais amplo o ser humano também pode ser considerado como manifestação de D’us no mundo.

Quando contemplo teus céus, obras dos teus próprios dedos vejo a lua e as estrelas que criastes, e me pergunto: o que é o ser humano para que dele te lembres? E o filho do homem, para que o consideres? Entretanto, pouco menos que os anjos o fizeste de gloria e de esplendor o coroaste. Tu o puseste como soberano sobre as obras de tuas mãos; Tudo puseste a seus pés. (Salmo 8)

O HOMEM

Sem duvida que o ser humano evoluiu de uma maneira fantástica nos últimos dois séculos, e junto com ele surgiu à vontade de crescer espiritualmente, para tanto o homem tem se debruçado de maneira “cega” em busca de respostas para perguntas que assolam seu ser; prova disso tem sido encontradas nos meios de comunicação de massa jornais, revistas, e a internet tudo isso ajudou a “banalizar” a mística judaica de tal modo que hoje podemos encontrar em qualquer lugar farto material que fale do assunto. Por vezes as pessoas são induzidas a comprar esse material que por sua vez e escrito por pessoas que não dominam o assunto e desse modo passam a beber de uma fonte poluída de informação. Desse modo as informações ficam distorcidas com respeito à cabala já que trata de textos extremamente complexos e exigem uma dedicação total por parte da pessoa que se dispunha a estudá-los com seriedade e uma disciplina militar alem e claro de bom senso.