Atenção..

Prezado visitante.

O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas; gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc,) são afastados de seu contexto de origem, criando assim, graves perigos para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis pelos males causados.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A Cabaláh tem um alfabeto!

O ABC DA CABALÁH

ABC

Todo sistema está construído sobre princípios fundamentais.

Por exemplo, as bases da línguas latinas como a espanhola ou portuguesa são o ABC.

Se tu queres ler e escrever tens primeiro que aprender o alfabeto.

A Cabaláh também tem seu ABC sobre o qual está baseado.

É a primeira idéia da concepção filosófica Cabalistica, que planteia a necessidade de realizar o exercício de incorporar-la a nossas vidas. Se desejarmos que esta ferramenta Divina, ajude-nos, a concretizar os verdadeiros sonhos de um ser humano.

A, B, C... na Cabaláh também existem a D e o E.

 

O “A” DA CABALÁH

Esta é uma primazia na qual todos estamos de acordo: Os seres humanos são criaturas da sociedade.

Se tivéssemos nascido na China, provavelmente estaríamos agitando pequenas bandeiras vermelhas ou um livro de dizeres de mão. Se tivéssemos nascido em uma boa família católica da Sicília, provavelmente estaríamos mostrando nosso rosário.

A primeira pergunta que devemos fazer-nos é: da onde provém minha “filosofia de vida”? É essencial uma visão grega da vida, ou Romana, ou Oriental, ou Mística? Tenta perguntar-te o seguinte: “Se eu tivesse nascido em uma família de não crentes, o que estaria fazendo da minha vida hoje em dia?”

Porque se não te fazes estas perguntas, há bastante possibilidades de que hoje em dia sejas uma pessoa que deixe de lado valores espirituais, importantes para teu crescimento, tua formação psico espiritual!

Na maioria das vezes, a forma de haver sido educados determina quais serão nossos valores e crenças. A menos que tenhamos feito nossas próprias investigações, a sociedade é (muito provável) nossa “opção filosófica” - jogando um rol importante na formação de nossas idéias.

Então, como podemos objetivamente, determinar a realidade? Como é possível para um indivíduo discernir quem realmente ele é e em quem deveria acreditar – se está tão profundamente influenciado pelo que acredita sua sociedade? Por que teria que ser uma pessoa envolvida na mistica? Ou como sabes a diferença entre o correto e o errado?

Isto é o “A” da Cabaláh. Como uma pessoa chega a uma conclusão independente sobre a realidade? Como podemos evitar ser o mero produto de nossa sociedade?

O poder de uma história de crianças.

Cada sociedade tem sua própria cultura, sua própria maneira de olhar a vida.

Estas idéias chegam a consciência pública por muitos caminhos: através da leitura, da escola, da religião, etc. Um dos caminhos mais poderosos mediante qual as idéias se fazem parte da nossa consciência, é através da história que nos contam quando crianças. Estas histórias deixam uma impressão na mente da criança e leva consigo muitas mensagens subliminares.

Por exemplo, é quase impossível imaginar encontrar-se com alguém que nasceu na América que não tenha escutado a história do Chapeuzinho Vermelho. Tu deves ter escutado, teus pais devem ter escutado e teus filhos e netos a escutarão também.

Que mensagem tu pensas que a criança adquire da história do chapeuzinho vermelho?

Imagina se sua avó vem visitá-lo imediatamente depois que ele terminou de ouvir a história? O que ele faria? Se realmente prestou atenção a história, correria e se esconderia atrás da saia da mãe e lhe pediria que olhasse seus dentes. Ele teria certeza de que ela é realmente a sua avó!

O que lhe estamos ensinando? Procura ao lobo! Realmente, nunca podes confiar que a tua avó é o que tu acreditas que é. Não é isso o que se está programando? Porque se perdemos a essência da verdadeira razão pela qual procuramos aprofundar-nos na Cabaláh, que é descobrir a fonte que ainda mantém essa centelha Divina, então dentro de nós começa a crescer um Golem[1], um lobo, que a primeira oportunidade devorara a nossa inocente ovelha.

Prestemos atenção à maça do mundo, tenhamos cuidado de não enganar-nos com o externo, porque no “coração” dela pode haver uma pequena minhoca, que fará seu trabalho, e às vezes é tarde, quando fazemos a ultima mordida.

Sementes, razões, perguntas, iras, descobertas, entender e compreender essas são parte de nossos desafios para poder chegar a conclusões da importância de ter uma vida mística, que nos convida a ascender à escada do crescimento e a partir daí, nosso êxito, no interno como no externo. Falta B,C, D e E, da Cabaláh, só que agora depende de você.


[1] Golem - é um ser artificial mítico, associado à tradição mística do judaísmo, particularmente à Cabaláh, que pode ser trazido à vida através de um processo de combinações cabalisticas. A palavra golem (גולם), é uma derivação da palavra gelem (גלם), que significa “materia-prima”.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Cabaláh da Angústia

A Angústia

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A angustia é o eu, é o sujeito fragmentado da Totalidade. A angustia é estar, em vez de ser. Ser – sem contenção. Solidão de algo que gira aleatoriamente no espaço cósmico.

Sou – quando me reconheço parte de. Quando te reconheço parte de. Quando te vejo – e me vejo a mim, na perspectiva de um caminho que eu e tu, amada, filho, pessoa, mulher, homem, construímos juntos, mesmo sem conhecermos o traçado do caminho, nem a sua finalidade.

Mas quando percebermos que a finalidade está fora de nós, e que estamos a serviço da totalidade, o Eu se aproxima do Divino, acalma-se, veste-se de beleza, e encontra D’us no caminho.

Pois somente aí Ele deve estar, somente aí.

E Ele tem um rosto, o único que nos é dado compartilhar: o rosto da felicidade, do bem-estar e da paz.

Jacob (o terceiro patriarca) foi-se embora de sua casa. Iniciou uma longa travessia. Partia em busca do amor e fugia do ódio do irmão. Haviam brigado pela futura herança do pai, pelo poder de mandar quando o pai morresse. Ele havia comprado a primogenitura a Esaú, seu irmão, e roubara-lhe a bênção do pai (desde a visão de Esaú). Agora Jacob, fugia de seu irmão, que queria matá-lo.

Caim e Abel se repetem sempre. Como diz um famoso escritor Latino-americano e estudioso da Cabaláh: “Não sei às vezes sou Caim, às vezes sou Abel”.

É a historia de um mesmo homem que vai mudando de papéis, ora o ódio, ora o outro, ora o ego envenenado pelo vírus da Nachash, a Serpente.

Só em seu caminho, arrependido, perseguido, sem irmão, sem pais, sem lar, Jacob caminhava em busca da transformação. Não queria mais lutar, não desejava continuar nessa corrida venenosa na direção do poder, de ser mais que o outro, de dominar e sobressair-se.

Quase nu, andrajoso, com o cajado das estradas desconhecidas e os olhos que divisam horizontes, Jacob caminha.

– O ódio – disse o mestre da clareza – é o teu primeiro irmão, o que surge espontaneamente. Esta aí. Então é preciso partir, arrancar a pele do ódio e ir. Porque o amor precisa ser construído, alimentado, um grãozinho de areia sobre outro, é um trabalho. O ódio é irmão, está ao lado; aparece no mundo e esta aí, te dá a mão de sua fraternidade essencial. É preciso ir-se, se afastar de si mesmo, do ódio irmão, em direção ao que não é irmão, mas criação, amor. Não digas o que sentes, mas o que fazes, o que crias, o que amassas e modelas.

Assim fez Jacob, e por isso foi-se embora da comodidade dos ódios consagrados da sociedade, que convida os homens a competirem uns com os outros, a se superarem, a ganharem, a submeterem, a serem mais, a possuírem mais.

Primeiro é necessário ir, partir na direção da dura tarefa do amor, que começa no deserto, no ermo, no esvaziamento interior. Que produz ódio, se ficamos estáticos, se não fazemos a tarefa de vir para ir.

O principio da filosofia de Abraham, o patriarca, o monoteísta, que partiu deixando atrás angustia, ódios e foi em caminho do dar, de amor, de agregar, de construir.

Abraham o patriarca, o criador do Livro “Sefer Yetsiráh”, Livro da formação, para poder formar, devemos informar, ensinar, apagar angustia e dar lugar ao respeito e amor, que ocupa o espaço que não da lugar a o ódio. Partir e construir, ser Jacob, e afastar-se de Esaú. Conformar para entender a idiossincrasia da sentencia humana que permite-nos poder reconstruir aquilo que angustia fragmentou.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os 10 pontos da Energia Cabalística Atual

As 10 Sefirot (Emanações) da Cabaláh no Mundo Atual

עשרת (10) הספירות (האצלות) של הקבלה העולמי הנוכחי

infinity

2ª Parteחלק שני

3. Sefiráh – Emanação

Felicidade - אושר

Felicidad

A cada dia, o universo em que nos movemos, vivemos, se transforma. O mundo não é por tanto um produto finalizado, como esta escrito nas fontes da literatura rabínica, D’us continua “Criando”. Não é um mundo onde simplesmente existimos, sem nenhuma interação. O mundo foi Criado por Hakadosh Baruch Hú (O Santíssimo, Bendito seja seu Nome), para que possamos desfrutar dele, tirar proveito, ter alegrias, obter felicidade. “Guerras em demasias, perseguições, ódios, destruição, tragédias humanas, entre tantas coisas que nossos olhos enxergam. Perpetradas ao longo dos séculos, achando muitos deles que atuavam ou atuam, pela vontade de D’us. Mais isto é contrario ao pensamento e estrutura da mensagem da Cabaláh, esta nós transmite: Que o propósito do Senhor é que possamos encontrar prazer em Sua Criação”. Então, a felicidade esta, aos olhos do Criador, e deve ser considerado um dos maiores objetivos. Para alcançar esta integridade, devemos viver de modo tal, que tenhamos as energias suficientes para potencializar nosso desenvolvimento espiritual, e transformar nossa natureza de reação e pro ação, investir nas idéias e realizações baseadas no autoconhecimento e aperfeiçoar a preocupação com outro, com o próximo, são passos fundamentais para obter o estado de felicidade.

4. Sefiráh – Emanação

Perdão - מחילה

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Em os textos sagrados encontramos muitas situações, onde refletem comportamentos humanos, primeiro em separações, baseadas em ódios, invejas, produto do verbo possuir ou verbo estar, como idéia que ninguém pode ser mais que “eu”. José e seus irmãos, Saul e David, Esaú e Jacob. Estes últimos reúnem muitos dos pontos negativos com os quais o ser humano luta diariamente. Irmãos gêmeos, que se tornam grandes rivais, por não chegar a dizer inimigos, isto sucede quando Jacob obtém por meio da ajuda de sua mãe a bênção da primogenitura. Mãe fonte de energia conhecedora dos comportamentos humanos, entende, observa e decide quais caminhos a tomar para que circunstancias futuras devem-se evitar. Esaú entendo literalmente atitude de roubo, a pesar que não estava importando-se na primogenitura, senão nas regalias que se obtinha pelas circunstancias. Vinte anos se passaram, suficiente tempo para aplacar os ódios, porem Jacob ao encontro de seu irmão tem medo. Eles se encontram, e o Livro do Zohar relata que, furioso, Esaú aproximou-se de seu irmão Jacob com a raiva, ódio, magoa acumulada a longo dos vinte anos, com intenção de destruição, foi impedida pelo chamado do coração, que converteu os sentimentos negativos que ele possuía, em um beijo, não efêmero, senão duradouro, o beijo do perdão. Este episodio, pode se trabalhar desde a visão da Psicologia e a Cabaláh, que juntos permitem, entender a importância de trabalhar nosso eu, para poder compreender a importância de aceitar o outro, perdoar o outro, de forma tal que seja com um “coração aberto”, e dessa forma evitar os julgamentos premeditados ou sem sustentação, e sem dar-nos a possibilidade de reordenar a Sefiráh do Daat (conhecimento), que esta por detrás das Sefirot visíveis, porem permite entrelaçar a as demais Sefirot, que se são perceptíveis. Pois perdoar constroem pontes que permita que sejamos perdoados, e condenar o próximo, é um meio de condenar-nos. Que foi o que mudou atitude agressiva, destrutiva de Esaú?, Ser ciente da centelha Divina contida nele que era “gêmea” da centelha Divina de seu irmão Jacob. Se percebermos que nosso próximo, pode ser nosso “irmão”, então encontraremos uma centelha Divina, que permitira reconciliar-nos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Os 10 pontos da Energia Cabalística Atual

As 10 Sefirot (Emanações) da Cabaláh no Mundo Atual

 עשרת (10) הספירות (האצלות) של הקבלה העולמי הנוכחי

infinity

1ª Parte – חלק ראשון

1. Sefiráh – Emanação

Boré Olam – Criador do Mundo. - בורא עולם

A Cabaláh é, em essência, um sistema que permite ao ser humano, encontrar seu lugar no Universo e sua relação com o bem absoluto, ou seja o Ein Sof (sem limites – o Infinito), o Criador do Mundo. O objetivo maior de quem se dedica a estudar os ensinamentos da mística, da Cabaláh é poder contatar-se com o Divino, que é o infinito, incorporando o conceito de Ehieh Asher Ehieh (Exodo – Shemot 3:14), Sou, Fui e Serei, em palavras da concepção atual, Existe, Existiu e Existirá. O Criador deve ser compreendido, como uma energia infinita. A duvida que surge, quando lemos, no livro Geneses – Bereshit, primeiro livro do Pentateuco e por tanto da Biblia, a respeito de que o homem foi criado a imagem e semelhança do Criador (D’us), isto significa que toda nossa essência espiritual, nossa fonte interna, é ENERGIA, essa ENERGIA que contem uma centelha Divina.

2. Sefiráh – Emanação

Espiritualidade - רוחניות

sonhos

É a partir do sincero exercício da espiritualidade, chamada de cavanáh (intenção), é que podemos obter as forças suficientes para alcançar o patamar mais alto, o grau da escada, em hebracio Sulam, de nosso desenvolvimento espiritual, e poder verdadeiramente ingressar no mundo do pomar imaterial, e permitir-nos entrar em contato com a Divina Providencia (Hahashgacháh Haelionáh). Segundo o Zohar (Esplendor – Livro Principal da Cabaláh, cujo autor foi Ribi Shimon Bar Iochai, há dois mil anos), o universo esta regido de leis físico espirituais, ação e reação, causa e efeito, leis precisas e concretas. Um dos comentários do Livro Zohar, chamado de Sulam de autoria do Rav. Yehuda Ashlag ZT”L, é feita uma descrição, ponto por ponto, para entender esse sistema físico espiritual, suas leis, sua dinâmica, a compreender e introspectar-las , vamos em procura de alcançar o principal objetivo de todas as neshamot (almas): Atingir um grau de espiritualização, conhecido como ruchaniot, em onde não existam obstáculos entre o mundo do material e o mundo do espiritual. Desta forma o ser criado pode ligar-se ao Criador, e por tanto conseguir realizar a takanáh, a correção do desviado, é a verdadeira natureza do conceito de Teshuváh (arrependimento, retorno).

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A Cabaláh da Comunicação

A habilidade mistica de se comunicar

cabala uma lição

Quando o amor flui como a água, a habilidade de se comunicar pode ser revelada em sua totalidade. A capacidade de se expressar está em proporção direta à quantidade de amor doada ou retida. Na Cabaláh, o fluxo livre de expressão é chamado "redenção" e o bloqueio ou a falta daquela habilidade é o "exílio".

Três exemplos desta dinâmica são vistos: na transgressão de Adão e Eva, Iosef (José) e seus irmãos e nas noites da festividade de Pêssach, dentro do calendário hebraico ou conhecida como a Páscoa Judaica[1].

A Literatura Rabínica relata que, embora Adão e Eva amassem um ao outro, seu relacionamento era repleto de inveja, de atitudes mesquinhas e suspeitas. Por causa disso, Adão não foi capaz de comunicar corretamente a ordem de D'us, de não comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, e adicionou a ela a proibição de tocá-la também. Como conseqüência, a serpente empurrou Eva para a árvore e tentou-a, dizendo que, assim como nada lhe acontecera por tocar a árvore, também nada lhe aconteceria se comesse o fruto. Isto a levou a comer da árvore e à subseqüente "exílio" do Jardim do Éden.

Após Iosef (José) relatar seus sonhos aos irmãos, a Toráh (Pentateuco ou Lei de Moises) declara: "e os irmãos odiaram José e não conseguiam falar pacificamente com ele." (Gêneses - Bereshit 37:4). Sua falta de habilidade de se comunicar, nascida do ódio, provocou não apenas o rebaixamento de Iosef a escravo no Egito, como também o próprio exílio deles.

A Hagadáh[2] de Pêssach, a festa da liberdade, representa a retificação da comunicação, e celebra nossa redenção do exílio no Egito. A palavra Hagadáh significa "relato" ou narração. Nas noites da festividade da Páscoa Judaica conhecida como Sêder (ordem) de Pêssach, geração após geração de judeus sentaram-se juntas como famílias e contaram a história do exílio e redenção, e sua relevância nos dias de hoje. Nenhuma noite no calendário judaico deixa uma impressão mais forte sobre as crianças, quando elas recebem a tradição passada amorosamente pelos mais anciãos. Embora o nome hebraico desta data festiva, Pêssach, traduzido literalmente signifique "saltar", ou "passar por cima" ou simplesmente pular, é explicado de forma homilética que a palavra hebraica Pêssach, pode se dividir em duas e Sach, o que signifique "a boca que fala". Após vivenciar o isolamento, a solidão e depressão numa base individual, ou a opressão num nível político, a liberdade de se comunicar é um salto estimulante das trevas à luz, do exílio à redenção.

A comunicação permite poder compreender o outro, e ao verbalizar as sensações, começamos a introspectar nossa capacidade de comunicar-nos (a nós mesmos) para aprender a dialogar. As Sefirot se ordenam, se inicia o processo de captar os canais evolutivos dos mundos de Atsiluth (Proximidade ou Emanação), Beriáh (Criação), Yetsiráh (Formação) e Assiyáh (Concretização). A concretização de uma relação ou das relações humanas, esta baseada na comunicação e não na fala, porque se fala sem dizer nada e se pode comunicar sem necessidade de falar.


[1] Páscoa judaica (do hebraico פסח, ou seja, passagem), também conhecida como Pêssach, é o nome da oferenda ou sacríficio executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico ou calendário hebraico e que precede a Festa dos Pães Ázimos (Chag haMatzot). Geralmente o nome Pêssach é associado a esta festa também, que celebra e recorda a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro de Shemot (Êxodo).

[2] Hagadáh ou agadáh (do hebraico הגדה, transl. hagadáh, “narração” ou “relato”), é o texto utilizado para os serviços da noite do Pêssach, contendo a leitura da história da libertação do povo de Israel do Egito conforme é descrito no Livro do Êxodo. Por celebrar esta libertação, a festividade de Pêssach é a mais importante das festas judaicas desde a visão dos valores universais do direito humano, e cada judeu tem por mandamento narrar às futuras gerações esta libertação. A Hagadáh contêm a narrativa desta libertação, as orações, canções e provérbios judaicos que acompanham esta festividade. Tem uma concepção mistica de grã importancia que permite que se possa observar cada um dos detalhes com uma significancia cabalistica.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A importância Mística de Meditar

Cabaláh e Meditação

Cabaláh e Meditação

“Um homem rico e um homem pobre foram convidados a uma suntuosa festa de bodas. O homem pobre, que dificilmente tinha a oportunidade de desfrutar de uma boa comida, devorou com prazer todos os pratos um após outro. O homem rico comeu com calma e elegantemente, mostrando certa indiferença, a suntuosidade que se apresentava, já que o banquete não oferecia nada essencialmente diferente de suas comidas diárias”

A pergunta a meditar é: quem era realmente prisioneiro de seus impulsos físicos? De uma incontrolável Guevuráh[1] confusa?. Embora, aparentemente o homem pobre perdeu o controle diante da abundancia da boa comida, o homem rico satisfazia sua avidez diária. Pese a indiferença que demonstrava, sua voracidade pela comida passou a ser uma parte integral de sua natureza. Se ele tivesse sido privado de sua alimentação diária, gula teria surgido e exigiria ser satisfeita. De forma tal que seus impulsos físicos estavam mais fora de controle que os do homem necessitado. O pobre, embora deseja-se uma comida deliciosa, tivesse aprendido a viver sem ela, e não era um viciado.

Comteplar a grandiosidade do Criador, em geral nos torna conscientes de nossa propria insignificancia, e enxergar-la em detalhe ainda vai além: a ser conscientes de nossos baixos instintos ou impulsos. Passamos a compreender que, ainda adotemos uma fachada de decencia, não somos mais refinados do que qualquer outro, e tal vez menos aprimorados do que a maioria.

Agora podemos examinar nossos defeitos e deficiências, que viram expressando como nossas ansiedades e temores. A contemplar a infinidade do Criador, e tomar consciência de nosso Daat[2], equilibramos a relação de Chochmáh[3] e Bináh[4], reordenamos a nossa Guevuráh, finalmente conquistamos nosso interior.


[1] Equidade, razão. Representa qualidades como generosidade e coragem.

[2] Conhecimento. Ela simboliza o equilíbrio entre a Chochmáh (sabedoria) e Bináh (entendimento)

[3] Sabedoria. Representa no ser humano, a inspiração que surge de vez em quando e que se pode fazer continua na medida que aprimoremos nosso canal de comunicação com o Criador.

[4] Compreensão. Dentro da evolução humana é a esfera que permite a expressar as idéias.

Cabaláh e Psicologia

A Cabaláh da Oração

Cabala da oração

Depois de uma intensiva contemplação de nossas deficiências, nos dirigimos a nosso Criador em oração para mediar à brecha que nos separa de Ele.

Como esta escrito no Salmo 130: “Das profundezas a ti clamo, ó Senhor”, Clamando desde as profundidades de nosso coração, rogamos o Senhor, nosso D’us, para que nos permita estar próximos de Ti.

Todo sentimento de distancia de El, gera o tema de outra oração, de outro clamor dirigido a Ele. Como aconselha o Rei David no livro de Salmos 55,23: “Lança ao Senhor teu fardo, e ele te sustentará”.

Este tipo de oração, não surge pela desesperação ou pela depressão, senão da desilusão que sentimos de nós mesmos ao aceder a um estado de humildade, depois de haver retirado nossas klipot[1].

Embora, como expressamos anteriormente, ser conscientes de nossa própria pequenez no contexto da grandiosidade de D’us produze-nos felicidade e confiança, esta felicidade não nos cega diante da necessidade de aperfeiçoar-nos a nos mesmos. Pelo contrario, quanto más sentimos o interes de D’us em nossas vidas, mais nos vemos orientados a viver a altura do potencial inato e não deturpar a imagem Divina em nós.

Em outras palavras, embora que sejamos felizes, também sentimos tristeza, como diz o Rabino Zalman de Liadi[2], amargura[3]. Esta «amargura» é uma insatisfação profunda e existencial com a vida, devido a nossas próprias deficiências. Se estivermos encolerizados, não é com o mundo, senão com nos mesmos. «Amargura», desde a visão do mundo da Cabaláh, é o termo meio entre a resignação de aceitar-nos a nós mesmos (que não nos absolve dessa capacidade de melhorar-nos, da necessidade de poder conquistar o ietser haráh – o instinto negativo, a partir de instalar uma maior quantidade de Luz espiritual.) e a depressão que provem de desesperar ao propor esse desafio de melhorar-nos. Nós não desistimos de dar-nos por vencidos respeito a nos mesmos, porem tampouco podemos estar satisfeitos com nossa forma de ser.

Esta é «amargura» que nos motiva a rezar, a orar, a procurar o canal de energia, que nos comunique com nosso Criador. Isto trairá uma auto-avaliação que ordenara o sistema interno, o arvore psico espiritual, e equilibrara a Sefirot, perturbadas por essa constante oscilação de nossos sentimentos. Orar, dialogar com Ele, encontrar a essência de nossa Luz.


[1] A Klipa é uma força perturbada gerada pela negação da Divina Providência e à recusa em aceitar que D’us governa o mundo. Todas as dúvidas sobre o reinado de D’us sobre o mundo têm sua origem nas Klipot. O "lugar” das Klipot encontra-se por sobre o Mundo da Ação, do lado da Santidade, nos mundos da Emanação, Criação, Formação e Ação, não há espaço para tais pensamentos.

[2] Fundador e criador da filosofia Chassidica, século XVIII.

[3] O paradoxo da capacidade do ser humano de experimentar tanto felicidade como amargura simultaneamente se apresenta nas primeiras linhas do livro Tanya, livro fundamental da filosofia cabalista do movimento chassidico.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Cabaláh do Amor

A força do amor

A Cabaláh do amor

Quando compreendido no sentido mais literal, o amor é um entre os poderes específicos da alma, manifestado especialmente através das emoções. Quando, porém, é definido em seu sentido mais amplo, o amor é a luz e o "espírito" da vida, que transforma os estados de potencial em realidade, desenvolvendo a abrindo completamente todos os variados poderes da alma. Neste sentido, o amor não é apenas uma qualidade específica da alma, mas um poder geral, presente na escala completa de propriedades intelectuais, emocionais e intrínsecas da psique humana. Esta luz do amor é a "luz do Eterno, bendito seja," cujo ímpeto para criar o mundo e os meios que usou ao fazê-lo é o amor. Aí repousa o segredo da luz sendo o ato criativo inicial do primeiro dia da Criação. Dessa maneira, o amor é a força criativa ou fluxo de energia que vêm de D'us até a "realidade". A carência de amor é, por analogia, um estado de trevas, com tudo que a imagem de trevas e carência, melancolia e depressão representam.

A Criação do mundo, "algo vindo do nada", pelo ímpeto do amor, nos ensina o segredo de trazer potenciais ocultos à realização. "chochma" (sabedoria) o primeiro dos poderes intelectuais da alma, manifesta-se como lampejos de introvisão esclarecendo a consciência. Estes "lampejos" instantâneos encontram-se num estado de puro potencial, necessitando desenvolvimento. A palavra "chochma" troca-se pelas palavras "koach ma", "o poder ou potencial (koach) do que ou nada (ma)". A palavra para "pensamento", machshava, da mesma forma permuta-se para formar as palavras "chashav ma", "pensando (chashav) o quê (ma)". Sabedoria, como todas as outras faculdades da alma, é um recipiente. Aquilo que preenche o recipiente é a luz e a vida-força do amor escondidos dentro dele.

O desenvolvimento de qualquer pensamento, plano ou talento acarreta o despertar interior do amor, necessário para desencadear processo de crescimento. O amor é o florescer da alma, e sem ele tudo murcha e perece.

Duas outras importantes características do amor são reveladas em sua constante comparação com a água na Cabaláh. Os dois aspectos da água que a estabelecem como um símbolo apropriado do amor são sua propriedade de adesão, pela qual a água faz com que os elementos unam-se um ao outro, e sua tendência a descer.

O amor é a força primária de atração da alma, por meio da qual uma pessoa é atraída para outras almas, situações e objetos, cada um deles necessário para retificar e completar algum aspecto de seu propósito no mundo. O poder do amor é suficiente para aproximar múltiplas energias, mesmo que às vezes se oponham, para completar uma tarefa, dirigir uma organização ou buscar os objetivos de uma causa. Isto pode ser observado em religião, política, família e assuntos comunitários - para mencionar apenas alguns deles. Numa base individual, o amor é a força essencial que aproxima as pessoas e a "cola" que mantém relacionamentos variados funcionando. A dissipação do amor invariavelmente enfraquecerá, prejudicará ou acabará com estes relacionamentos.

"D'us desejava ter uma morada nos mundos inferiores" (Na Literatura Rabinica). O conceito de D'us "descendo" através da Criação a mundos progressivamente inferiores é de tal forma que Ele ao final reúne-se e apega-se ao mundo, o objeto de Seu amor. Similarmente, aquele que ama "desce" ao nível de seu amado, assegurando-se que o amor desejado realmente atinja e preencha seu recipiente. Não se pode esperar uma conexão com outros quando se permanece distante e isolado. Apenas quando se desce da "torre de marfim" do ego, o amor pode manifestar-se.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Cabaláh da Iechida – A união espiritual e fisíca de um casal.

A União Mistica da Cabaláh

           O Zohar (O livro principal da Cabaláh, chamado do livro do esplendor), descreve a união de duas pessoas, como a conjunção de duas meias-almas. A união fisica completa a expressaõ da ligação absoluta  entre os membros do casal, é em consequencia tem que ser vista como uma experiencia Divina.

           A palavra hebraica para o amor e Ahava ( אהבה), e numericamente equivale ao valor numero 13, que tem o mesmo valor que a palavra Echad (אחד), “um” em hebraico. Quando os valores numericos destas duas palavras são somados, o total é 26. Este é o equivalente numérico do nome de D’us. O Senhor criou nosso corpo, e Ele colocou a capacidade de amar em nosso coração, amar dentro da concepção mistica de unicidade.

           Novamente, observamos, por meio da Cabaláh que o amor é unidade, e quando um casal se une com amor, reflete e revela a presença de D’us.

Os Quatro Pontos Fundamentais do Encontro com a Cabaláh

Cabaláh 3

A Fonte Divina do Misticismo Ocidental

Desde o tempos bíblicos que os filósofos judaicos têm lutado com os mistérios da vida, na sua busca pela transcendência. A Cabaláh é o resumo dos seus ensinamentos.

A Árvore da Vida

Escondida dentro deste símbolo central, reside o caminho para a paz interior. Descubra estes caminhos cruzados e esferas – o seu significado original e a sua relevância no nossos dias

Modelos e Significado

Descubra as ligações entre a Cabaláh e outros caminhos espirituais, e como a Cabaláh os inspirou.

Traga a Cabaláh Para Sua Vida

Utilize a força e os poderes contínuos da Cabaláh para enriquecer a sua vida de hoje e concretizar o seu potencial criativo. Doze programas espirituais ajudam-no a utilizar o poder da Cabaláh, incluindo Aprender a Ver, Curar através do Amor e Unificar os Quatro mundos, descobrir seu ADN espiritual.

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«Não podemos identificar a abundante vitalidade inerente a todos os seres vivos, desde o mais pequeno ao maior, nem a vitalidade escondida inerente à criação inanimada. Tudo flui, vibra e aspira constantemente. Também não podemos estimar a nossa própria abundancia interior. O nosso mundo interior esta selado e escondido, ligado a algo escondido um mundo que não é nosso mundo, ainda não entendido ou experimentado. Tudo se alia à riqueza, tudo aspira à ascensão e a ser purificado. Tudo canta, celebra, serve, desenvolve, evolve, ascende e aspira a ser arranjado na unidade.»

Parabéns pelo site.

Parabéns por termos gente séria ao invés de charlatões que só querem ganhar dinheiro.

David Elyahu.