Atenção..

Prezado visitante.

O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas; gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc,) são afastados de seu contexto de origem, criando assim, graves perigos para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis pelos males causados.

domingo, 25 de dezembro de 2011

A Cabaláh da Mística Oração Ana Bekoach

 
La Oração Ana Bechôach é o produto do fermento místico que se remonta provavelmente a Rabí Nechunya ben Hakaná, e reproduzem as primeiras letras de seus quarenta e dois palavras o Nome “reservado” de D’us. O autor sugere que os erros da sociedade se conjugam e amontoam, convertendo-se em um obstáculo que não permite que as orações ascendam ao Céu. Por tanto, devemos tomar  consciência dos efeitos sociais de cada uma de nossas ações porque repercutem e tem eco nas esferas celestiais.

Esta Mística Oração consiste em sete linhas ou sete sentenças de seis palavras cada uma, o que da um total de quarenta e duas palavras, número igual a das letras  do “secreto” Nome do Criador. Já mencionamos ao autor: Rabí Nechunya ben Hakaná, e os Cabalistas atribuem poderes especiais a esta oração, sugerindo que cada par de palavras  constitui uma mensagem esotérica.


A Cabaláh do crecimiento espiritual

 

Espirtualidade

Arco iris

Muitas vezes me perguntam quais são os nivesis de espiritualidade, e isto se pode compreender por médio da explicação de quatro conceitos:

1. Tsadik – צדיק (Pessoa Justa)

2. Iashar – ישר (Pessoa Correta)

3. Tamim – תמים (Pessoa Integra)

4. Chassid – חסיד (Pessoa Piedosa)

O Tsadik recebe esta denominação em virtude de cumprir os preceitos positivos, atraindo, assim, revelações inerentes à ordem da Criação (Seder Hahishtalshelut, literalmente “Ordem de Progressão Descendente”).

O Iashar recebe esta denominação em virtude de cumprir os preceitos negativos, com os quais atrai revelações que estão além da ordem da Criação.

O Tamim, também conhecida como um homem sincero, atrai revelações (de um nível de Divindade no qual) o “sabor da arvore e de seu fruto são idênticas”, a comunhão de ambas as formas de influencia Divina, a luz envolvente (Sovev: Uma das expressões da força criativa de D’us, que transcende a ordem criativa) e a luz penetrante (Memalé: Divindade Imanente, que se investe dentro da ordem criativa).

E finalmente, acima de todos esta o Chassid, e nele há três níveis:

a. Os assuntos mundanos não o perturbam nem o distraem. Todos podem e devem alcançar este nível.

b. Todos os seus assuntos “são Divindade”. Se bem que este nível “não esta longe de ti....”, no entanto não é pertinente a todos.

c. O nível descrito no “Tikunê Zohar”: “Quem é Chassid? Aquele que tem uma conduta piedosa com seu Criador” – ou seja, que procura unir o Santo (D’us), Bendito Seja, e Sua Shechina (Presença Divina) junto daqueles que moram nos mundos inferiores – não somente para saciar a sede de sua própria alma, como é explicado no Sêfer Shel Beinonim (Livro dos intermediários uma das partes do Livro Tanya, existe em Português).

domingo, 18 de dezembro de 2011

A Cabaláh da Meditação

 

Observando a figura seguinte durante 5 a 7 minutos de forma concentrada e conseguindo que isto ingresse em sua mente, pouco a pouco apareceram pequenas mudanças que permitiram florescer.

 

Cabala

A Cabalá de Amar

Estoy dormido, más mi corazón está despierto,la voz de mi amado llama [a la puerta]: ábreme, hermana mía, compañera mía, paloma mía, perfecta mía, porque mi cabeza está cubierta de rocío, y las puntas de mis cabellos de gotitas del anochecer” Conclusión: “mi perfecta” (El Cantar de los Cantares 5:2)

“Yo Estoy Dormido”

El exilio del alma judía, la aparente pérdida de nuestra identidad, está comparado a un estado de sueño. Cuando se duerme los ojos están cerrados a la realidad exterior; la vista, junto con los otros poderes concientes de la mente y el corazón, desaparecen dentro de su origen inconciente. Aunque este origen se puede reflejar en los sueños y otros fenómenos involuntarios del dormir, de todas maneras ocurre en los niveles más externos del alma, y al no estar basados en la visión objetiva son irreales, como lo indica su falta de orden intrínseco y consistencia.

De la misma manera, cuando el alma duerme en el exilio espiritual, los ojos interiores están cerrados a la realidad, como lo describe el salmista: “Ya no vemos nuestras señales” (Salmos 74:9). En hebreo, la palabra otot, “señales” tiene dos significados:

1. Maravillas sobrenaturales de la Providencia Divina que durante el exilio están ocultas bajo una apariencia natural, o

2. Las letras del alefbet.

El significado de este versículo, de acuerdo con esta interpretación, es que como nuestros ojos están cerrados al dormir, nuestras “letras” desaparecen a la vista.

Las “letras” de un judío son las de la Torá y la tefilá (plegaria). Las letras de la Torá son los ladrillos del universo, cada una de las veintidós letras hebreas son un canal que conecta el Infinito con lo finito, un estado particular de contracción de la luz espiritual y la fuerza de vida. La forma de cada letra representa su manera particular de transformar la energía en materia.

Esto se puede entender mejor si lo comparamos con los fenómenos del pensamiento y el habla en tanto vestimentas del alma. Cada letra que surge de ellos proviene de la esencia interior de la inteligencia y las emociones del alma.

Antes de que las letras de la creación de Hashem se combinen en palabras son incapaces de dar vida a criaturas individuales. En este estado son llamadas “piedras”. Cuando son combinadas en palabras construyen “casas” y así adquieren el poder para dar vida incluso a criaturas físicas. Por eso, la fuerza interior de cada criatura es su nombre hebreo.

Las letras de la tefilá, por su parte, son canales que fluyen hacia lo alto, conectando el alma a Di-s. Son llamadas “ladrillos” (al contrario de las letras de la Torá o “piedras”, que son dadas por Di-s, las letras de la tefilá, como los ladrillos, son hechas por el hombre) que al unirse construyen “casas”. De esta manera, al pronunciar las letras de la Torá y la tefilá, el judío se vuelve socio de Di-s, uniéndose participando en el acto de la creación. Pero mientras estamos en el exilio, decimos las palabras sin poder comprender su poder creativo, del mismo modo que somos insensibles al acto continuo de la creación, el constante flujo de letras dentro de todos los seres. Es este, entonces, el significado profundo del pasaje: “Ya no vemos nuestras señales…”.

Los sueños son las visiones imaginarias del acto de creación que aparecen al alma en exilio. Representan ideales espirituales o materiales que son extraños e irreales, la búsqueda de identidad vacía de fundamento. El único basamento sobre el que el judío puede establecer su identidad es la Torá y las mitzvot. Internamente inconsistentes y desordenados, los sueños dejan a la vida del judío, exiliado espiritualmente, carente de sentido. El judío posee un innato y especial sentido de propósito o finalidad, por lo que una existencia sin un propósito sólo puede causarle frustración y desesperanza. El propósito fundamental del judío es inherente a la Torá y sólo a través de ella brilla la Infinita “Luz de Benevolencia” de Aquel que la entregó.

Espero suas perguntas: cursodecabalah@gmail.com  

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A Cabaláh do Homem

 

O misticismo judaico à “Cabaláh”

 

Quem de nós, que em algum momento de sua existência, não olhou para os céus e percebeu a vastidão do universo. Alguns compreenderam se estender uma outra dimensão para alem das galáxias mais distantes, uma ordem invisível contendo e governando nosso mundo. Em todas as gerações, uns poucos penetraram esse véu e observaram a criação em sua origem. Sua visão nos é transmitida pela cabala, para que nos como Jacob, possamos também olhar a grande escada entre a terra e o céu, com suas hostes de D’us que sobem e descem.

Seria impossível falar de cabala sem antes falar de dois personagens, extraordinários que criaram, e de certa forma divulgaram a cabala através de seus ensinamentos, o primeiro e Rabi Akiba e o segundo Rabi Shimon bar Yochai este ultimo criador do zohar que vem a ser a espinha dorsal do misticismo judaico.

O zohar também conhecido como o livro do esplendor vem a ser o livro mais completo sobre a cabala, apresenta os primórdios da mística judaica; esta intimamente ligada aos segredos da criação do universo. Este livro magnífico trata da vida espiritual, o pensamento sobre a alma, a vida, a fé, o amor do homem para com o divino, e para com ele mesmo, o sofrimento e a morte, o exílio e a redenção.

Da conexão oral pouco pode ser visto, porque a concessão do conhecimento depende do relacionamento sutil entre o mestre e o aluno. Da tradição escrita a muito para ser visto, pois todas as épocas produziram sua versão do ensinamento imutável.

Esses relatos feitos por cabalistas do passado, contudo, são freqüentemente difíceis de ler, não só porque falam de mundos fora da visão natural, mas também porque foram enunciados na linguagem especifica da escola e da época.

Uma coisa é certa o homem ocupa um “papel” principal neste mundo.

O lugar do homem e o mundo. Como imagem de D’us, o homem tem grande possibilidade de realizar a Imanência presente do universo. O mundo supre as condições para o trabalho do homem em direção à perfeição e, em retorno, o homem auxilia o mundo em direção a conclusão, reunindo o que estava separado. Nesse conhecimento mutuo, o imanente e o transcendente se encontram no lugar de D’us.

A ALMA HUMANA

Dos níveis mais baixos ate os mais altos, a alma humana é uma entidade única e singular, apesar de ter muitas facetas. Em seu ser mais profundo, a alma do homem e parte do divino, e a este respeito, e uma manifestação de D’us no mundo. Com certeza, o mundo como um todo pode ser visto como manifestação divina, mas o mundo permanece algo diferente de D’us, enquanto que a alma do homem, em suas profundezas pode ser considerara como uma parte de D’us. De fato, somente o homem, em virtude de sua alma divina, tem o potencial algo da capacidade real, de D’us em si mesmo. Este potencial se expressa como a capacidade de ir alem dos limites de uma existência dada, de deslocar-se livremente, e escolher outros caminhos, possibilitando ao homem atingir as maiores alturas ou cair no precipício mais profundo. Em outras palavras, e o poder de querer e de criar.

Portanto, do livre - arbítrio do homem deriva seu único potencial do fato que e uma parte da vontade divina, sem limites e sem restrição. O poder criativo do homem também e derivado do mesmo poder divino de criar coisas que nunca existiram antes, destruir coisas que já existem, e inventar novas formas. Neste sentido também o homem e feito à imagem de D’us.

E compreensível que o divino não apareça no homem em toda a infinitude do deu ser; e falamos somente de um aspecto de D’us, ou de uma faísca divina que constitui a essência da vida interior do ser humano. Por mais velada e mascarada que esteja em seu contexto mais amplo o ser humano também pode ser considerado como manifestação de D’us no mundo.

Quando contemplo teus céus, obras dos teus próprios dedos vejo a lua e as estrelas que criastes, e me pergunto: o que é o ser humano para que dele te lembres? E o filho do homem, para que o consideres? Entretanto, pouco menos que os anjos o fizeste de gloria e de esplendor o coroaste. Tu o puseste como soberano sobre as obras de tuas mãos; Tudo puseste a seus pés. (Salmo 8)

O HOMEM

Sem duvida que o ser humano evoluiu de uma maneira fantástica nos últimos dois séculos, e junto com ele surgiu à vontade de crescer espiritualmente, para tanto o homem tem se debruçado de maneira “cega” em busca de respostas para perguntas que assolam seu ser; prova disso tem sido encontradas nos meios de comunicação de massa jornais, revistas, e a internet tudo isso ajudou a “banalizar” a mística judaica de tal modo que hoje podemos encontrar em qualquer lugar farto material que fale do assunto. Por vezes as pessoas são induzidas a comprar esse material que por sua vez e escrito por pessoas que não dominam o assunto e desse modo passam a beber de uma fonte poluída de informação. Desse modo as informações ficam distorcidas com respeito à cabala já que trata de textos extremamente complexos e exigem uma dedicação total por parte da pessoa que se dispunha a estudá-los com seriedade e uma disciplina militar alem e claro de bom senso.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Miscelâneas

 

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A origem das Sefirot: Os Cabalistas utilizaram a Bíblia ou TaNaCh em hebraico como fonte e manancial para procurar e justificar sua metafísica. As três primeiras Sefirot: Chochmáh – Bináh e Daat, são retiradas do livro Êxodo, segundo livro da Toráh ou Pentateuco, primeira das três partes da Bíblia, as outras dois são Neviim (Profetas) e Ketuvim (Escritos):

“E o (Betsalel ou artesão) enchi com o espírito de D’us, com Sabedoria (Chochmáh), com Inteligência (Bináh) e com Conhecimento (Daat). Êxodo (Shemot) Capítulo 31, versículo 3.

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Árvore de Vida: Pois a Toráh, os cinco Livros de Moisés, ou os ensinamentos para A Vida, é chamada a Árvore da Vida. Assim como uma árvore é composta por ramos e folhas, casca, seiva e raízes, cada um destes componentes pode ser denominado a essência da árvore. Também descobrirá que a Toráh (os ensinamentos de Moisés), contem muitas coisas interiores e exteriores e que todas formam uma só fonte ou manancial de energia, assim como uma árvore, sem diferenças entre elas. As duas necessitam de água, as duas são fonte de vida.

Interior

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Ao encontro de

nosso interior

D’us disse a Abraham (Gênesis – Bereshit 12:1): “Vai-te..., Avançai.”

«D’us disse Abraham: “Avança, vai-te até teu ser, conhece teu ser, e realiza a teu ser.” » 

Zohar 1: 78A

sábado, 16 de julho de 2011

A Cabaláh do Conteúdo

Os Vasos de Porcelana de Cada Um....

Vaso de Porcelana

O Grande Mestre e o Guardião dividiam a administração de um mosteiro zen. Certo dia, o Guardião morreu e foi preciso substituí-lo.

O Grande Mestre reuniu todos os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado. - Vou apresentar um problema - disse o Grande mestre - e aquele que resolver primeiro, será o novo Guardião do templo.

Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala. Em cima estava um vaso de porcelana caríssimo, com uma rosa a enfeitá-lo. - Eis o problema - Disse o Grande Mestre.

Os discípulos contemplavam, perplexos os que viam: os desenhos sofisticadas e raros da porcelana, a frescura e a elegância da flor . O que representava aquilo ? O que fazer ? Qual seria o enigma ? Depois de alguns minutos , um discípulo levantou-se , olhou o mestre e os alunos a sua volta. Depois , caminhou até o vaso, e tirou-o no chão .... Destruindo-o. -Você é o novo Guardião - disse o grande Mestre para o aluno – e explicou : - Eu fui bem claro : Disse que vocês estavam diante de um problema . Não importa quão belo e fascinante seja , um problema tem que ser eliminado.

"Um problema é um problema: pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado mas que insistimos em percorrê-lo porque nos trás conforto. Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando de frente . Nessas horas, não se pode ter piedade, nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo."

domingo, 10 de julho de 2011

A CABALÁH DE PENSAR

PENSE ANTES DE AGIR

Pensar,-antes-de-actuar

Um pai no leito de morte deu instruções a seu filho: "Nunca tome uma atitude quando estiver irado. Contenha-se e retarde sua reação até o dia seguinte."

Passaram-se os anos; o filho casou-se e viajou para o outro lado do oceano a negócios, sem saber que a esposa esperava um filho. Devido às guerras que ocorreram, não lhe foi possível voltar para casa por alguns anos. Não pôde deixar de indagar-se se a esposa não poderia tem-lo dado como morto e casado novamente.

Quando finalmente retornou, chegou a casa tarde da noite. Enquanto estava parado em frente à porta, escutou a esposa falando carinhosamente com alguém. Foi dominado pela fúria, e estava pronto a irromper na casa e a atacar sua mulher e o estranho. Porém, lembrou-se das palavras do pai e refreou-se. Então ouviu a esposa dizer: "Querido filho, como eu gostaria que seu pai soubesse do filho maravilhoso que tem. Um dia ele voltará para nós."

O homem chorou de alegria, e ficou grato ao pai pelas sábias palavras que lhe deixara como herança.

A Cabaláh, ensina que devemos controlar nossa alma animal, “Nefesh Habaamit, o mais comumente conhecido “Yetser Haráh”, esta alma animal, não é um animal bruto, uma besta, é um astuto animal, a raposa, havendo necessidade de grande sabedoria e equilíbrio espiritual para perceber suas artimanhas. Algumas vezes veste-se de Tsadik, um integro, humilde, possuidor de boas virtudes. A tal ponto que você lhe outorga honras não merecidas, sandak (padrinho) de Berit Miláh (circuncisão), testemunhas de casamento, honras para cerimônias religiosas. E quando um alma, a denuncia, existem alguns que não desejam escutar, nem enxergar. Porque esta alma “denunciante”, que coloca nu a alma farsante, e ninguém quer ver a verdadeira alma de alguém que confia, é banida da mente, do coração, daqueles inocentes, que deixaram-se persuadir, “pelas simples bondades” que apresentou a alma farsante ou alma animal.

Porque a alma animal manifesta-se dentro de cada ser humano, de cada pessoa, conforme seu caráter individual. Muitas vezes à alma animal ataca nos pontos mais fracos, Avodáh (serviço a D’us, a oração), vai convecendo-nos, que tal lugar não é bom para mim, que é preferível rezar no lar, que esta chovendo, que faz frio, que estou cansado.

E o ser humano, deve pensar antes de agir, assim dizem os mestres da Cabaláh. Devemos meditar, e superar essas artimanhas, e não deixar que nos atrapalhe na realização de uma boa ação ou preceito, ou fazer Avodáh (com mais pessoas, em publico, com cânticos) com mais intenção e concentração. Nunca deixe que o interior convença que existe uma ação nobre e elevado e que pode postergar o serviço a D’us e a realização de uma boa ação.

As conseqüências do convencimento, se observam na idéia de isolar-se, de negar o mundo, de convencer-se de objetivos, que não se conhecem, de imaginar-se situações ou espaços onde só temos uma idéia superficial.

Para isto devemos trabalhar as faculdades intelectuais: Chochmáh (Sabedoria) – Bináh (Inteligência) – Daat (Conhecimento); e este trabalho através da oração permitira que influenciem nas sete Sefirot ou emanações emocionais, que se derivam das Dez Sefirot Superiores. Tudo isto aplica-se aos três níveis da alma: Nefesh (alma material), Ruach (inspiração Divina, o equilíbrio do material e espiritual), Neshamáh (alma espiritual), que se investem no corpo humano. Porem “Mesirut Nefesh” a disposição a entrega, a conectar-se aos mandamentos Divinos, é a essência de não desligar-nos do Criador, se isto sucede perdemos a energia do Ein Sof, do infinito, e por tanto as Sefirot que se iniciam na Sefiráh – Emanação – Chochmáh (sabedoria), se confunde e acha o certo por errado e o errado por certo, se isola, não ouve nem escuta, não compreende, não entende, e como um animal, não enxerga aos lados e se vai perdendo, até desprender-se do essencial, para achar que ele esta correto.

Devemos aprender das orações, que por paz, harmonia, se retrocede três passos, e ao enxergar uma visão diferente temos idéia da verdadeira dimensão de nosso caminho.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Cabaláh da Proteção

O Livro de Raziel

As Segulot

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Raziel é um mensageiro ou um anjo, que revela ao homem segredos celestiais e o conhecimento do futuro, como indica seu nome Raziel, que significa “Segredos de D’us”. Raziel envio um livro de profundo conhecimento e sabedoria mística a Adam e outro a Noé (Noal). Quando quer informar ao homem algum evento futuro ele instrui ao Profeta Elias (Eliahu), que desce à terra para se comunicar com os humanos. Os livros de ensinamentos de Raziel, originalmente gravados em safira, são tidos como de especial santidade; assim, guardá-los em casa protegerá o lar do fogo e de calamidades. Sefer Raziel, o livro dos segredos revelados de Adam, contem indicações de remédios para enfermidades e especulações sobre temas místicos, tais como Shiur Komá. O livro de segredos revelados a Noé (Nôach), o Sefer Há-Razin, contém informação sobre encantamentos e amuletos, como também descrições dos sete céus através dos quais fazem sua ascensão os místicos de Maase Merkavá. Raziel é as vezes identificado com outros mensageiros ou anjos, como Uriel ou Metatrón.

De acordo com os escritos, Raziel é o autor do famoso livro Sefer Raziel HaMalach (livro Arcanjo Raziel) , "todo o conhecimento é registrado celeste e terrestre" e é considerado um livro de fatos. Raziel é dito que ele estava perto do trono de D’us e, portanto, podia ouvir tudo o que estava sendo dito e argumentado. Raziel é dito pode ou pode ser qualquer pessoa que se sente capaz de ter o verdadeiro conhecimento e sabedoria. Apesar de sabermos que ele pode ver a verdade ou qualquer outra coisa olhando para os olhos.

Quando Adam e Eva (Chavá) (os primeiros seres humanos criados por D’us) testaram o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e foram expulsos do Jardim do Éden por D’us, Raziel, deliberadamente deu o seu livro para que os dois pudessem encontrar caminho de casa e compreender melhor a D’us. A partir deles que passou a seu filho Enoch, que se tornaria mais tarde o anjo Metatron, quando D’us levá-lo com a idade de 365. Acrescenta textos ao livro original e entregou-o ao mensageiro (anjo) Rafael , que voltou para a Terra,  e deu a Noé (que ele foi instruído a fazer a arca, depois de explicar como fazê-lo por parte de D’us). O livro então com o tempo, chegou as mãos do Rei Salomão, que ganhou seu conhecimento incomum, para ser o homem mais sabio, porem em algum momento se perdeu seu rasto ou seu destino. Desde então, o livro teria desaparecido.

O Zohar (a principal obra da mística judaica) afirma  que no meio do Livro de Raziel  existe uma escrita secreta "explicando as 1.500 chaves (para o mistério do mundo) que não foram revelados até para os anjos". Outros rabinos também dizem que "a cada dia o anjo Raziel, de pé no Monte Horeb, proclama os segredos dos homens, para toda a humanidade e promete manter."

terça-feira, 21 de junho de 2011

KEMEA–AMULETOS

Kemiah - Segula Cabalistica

SEGULOT PARA PROTEÇÃO

Para que um amuleto ou seguláh seja eficaz, tem que ser escrito por uma pessoa santa, de elevação espiritual. A seguláh só tem eficácia quando ele é acompanhado de uma serie de atitudes, na qual o ser humano reconhece a Unicidade entre elas a Caridade ou Tsedakáh.

No proximo postagem explicaremos mais detalhes.

domingo, 22 de maio de 2011

Guematria - Numerologia

Guematria: (Numerologia)

2ª Parte 

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O primeiro que devemos conhecer, para ingressar ao fascinante mundo da numerologia, é o valor numérico que corresponde a cada letra do Alfabeto Hebraico. A continuação colocamos uma tabela completa, do valor de cada letra do alfabeto

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Vale sinalar, que existem muitos outros sistemas de cálculo e combinações de letras, que permitem que se estabeleça com aquilo que foi anunciado. Alguns de eles são "intercambio de letras em ordem inversa”, "cálculo do número, raiz", etc.

Vale indicar, que existem muitos outros sistemas de calculo e combinação de letras, que se combinam com o anunciado. Alguns deles são o “intercambio de letras em ordem inverso”, entre outros. O método conhecido como Guematria é uma das 32 formas de interpretação da Toráh (A Lei de Moises), assim diz no Talmud (Literatura Rabínica).

Em especifico a etimologia da palavra Guematria, tem algumas explicações ou interpretações. Alguns dizem que sua raiz provem do grego, referendo-se mais especificamente a “geometria”, que para hebraico a palavra tem um sentido mais abrangente, incluindo qualquer tipo de cálculos. Porem expressam outros que a palavra Guimatria, é uma palavra composta formada em dois “gama” e tria, dando lugar que gama é a terceira letra do alfabeto grego, que a sua vez tem similitude com Guimel também terceira letra, porem do alfabeto hebraico. Indicando sua metodologia.

Mais ainda a posição do famoso legislador Rabino Iosef Caro, que nasceu 1488 em Espanha, falecendo 1575 em Safed (Tsfat – Israel), que diz o seguinte: A palavra “Guimatria” é composta por duas palavras: Guei (vale) e mituria (da montanha), isto da uma idéia de que quando nos confrontamos com algo que não compreendemos, como se estaríamos de frente a uma montanha, a Guimatria é um vale de compreensão.


Vejamos agora, algumas aplicações da numerologia prática:

É conhecido, o que diz nossas fontes: "A Israel Escolheu (O Criador) de entre os povos"

Contemplaremos isto a través de um cálculo numerológico:

A primeira palavra da Toráh é: 

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BERESHIT = No Inicio

A mesma suma 913

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Calculemos agora o valor das palavras:

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Israel Bachar Behamim

O significado de isto é: "A Israel Escolheu de entre os povos".

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Podemos observar que a primeira palavra da Toráh é: בראשית(BERESHIT), e que O Criador escolheu a Israel de entre todos os povos.


Sabido é também, que logo de haver escolhido ao povo de Israel, O Criador lhe entregou os 613 preceitos que foram criados por Ele, antes da criação do universo.

Vejamos isto segundo a numerologia

Os 613 preceitos antecederam ao mundo

A primeira palavra da Toráh é:

clip_image003[1]

O valor numérico de בראשית(BERESHIT) é:

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Vejamos agora o valor numérico da palavra TARIAG* KODEM HAOLAM

*Tariag é a forma escrita de representar o numero 613.

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Por tanto seria a explicação: 613 (pelos preceitos) antecederam a criação do mundo. É dizer que o mundo esta sustentado na idéia que se devem cumprir os preceitos para ter um mundo equilibrado para viver.

El significado de isto é: Os 613 (pela quantidade de preceitos, que são estabelecidos dentro do Código de Vida Judaico), antecederam ao mundo.

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Então vejamos que a palavra   בראשית(Bereshit – No inicio, soma 913), enquanto a sentencia תרי"ג קודם העולם [Os 613 (pela quantidade de preceitos, que são estabelecidos dentro do Código de Vida Judaico), antecederam ao mundo] suma 914.

Procederemos a aplicar o sistema que se chama, a incorporação do "Colel", que equivale ao número de palavras utilizadas.

Neste caso a palavra utilizada foi uma: בראשית- Bereshit

A continuação somaremos a 913 o valor 1, e nos fica que בראשית(Bereshit) + 1 = 914.

Por tanto já observamos que na primeira palavra da Toráh encontramos um indicio de que os 613 preceitos antecederam a criação do universo.


Resta-nos saber de donde se sabe que O Criador crio os 613 preceitos básicos exclusivamente:

A primeira palavra da Toráh é

clip_image003[2]

O valor numérico de בראשית  é:

clip_image004[2]

Vejamos agora o valor numérico de: (TARIAG IATZAR)

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Que significa: "613 preceitos Crio", a palavra Iatsar, tem a mesma idéia de Ietsira, formação, Haolam Ietsira, um mundo de formação.

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Tem o mesmo valor que a palavra Bereshit - בראשית

Concluímos que podemos observar que os 613 preceitos constam no primeiro vocábulo da Toráh.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Cabaláh dos Numeros: Guematria – Numerologia

 

1ª Parte

Guemátria é o método hermenêutico de análise das palavras bíblicas somente em hebraico ou lingua hebraica (alfabeto hebraico), atribuindo um valor numérico definido a cada letra. É conhecido como "numerologia judaica" e existe na Toráh (Pentateuco) há mais de 3.300 anos.

A cada letra do alfabeto hebraico é atribuído um valor númerico, assim, uma palavra é o somatório dos valores das letras que a compõem. As escrituras são então explicadas pelo valor criptográfico numérico das palavras.

A Estrela de David (Maguen David) e a relação com as letras do alfabeto hebraico.

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Alef - 1 = א                 Lámed - 30 = ל

Bêt - 2 = ב                    Mém - 40 = מ

Guímel - 3 = ג                 Nun - 50 = נ

Dalet - 4 = ד              Samach - 60 = ס

Hê - 5 = ה                       Ain - 70 = ע

Vav - 6 = ו                        Fê - 80 = פ

Zain - 7 = ז                   Tsadi - 90 = צ

Chét - 8 = ח                  Kóf - 100 = ק

Tét - 9 = ט                   Rêsh - 200 = ר

Yód - 10 = י                Shin - 300 = ש

Chaf - 20 = כ                Tav - 400 = ת

ALFABETO HEBRAICO, suas letras com seus valores, lembremos que o Albafeto Hebriaco é alfa númerico.

domingo, 1 de maio de 2011

A Cabaláh da Vida

Vida Efêmera

Arco iris

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.

Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.

Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.

Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.

Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.

Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.

Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.

E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.

Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos.

Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.

E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença.

E o tempo passa...

Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.

Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: E agora?

Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. 

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.

Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. 

Olhe para frente!

Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.

Ainda é tempo de voltar-se para D’us e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós. 

Pense!...

Não o perca mais!...

Ao encontro da Energia que o Criador, infundiu em nosso interior, faz que devemos honrar a Vida, elevando-nos, por meio da procura de encontrar a Fonte dessa Energia, que possibilitara a Luz, e permitira dizer, a Vida não efêmera, a Vida é eterna, porque Eterno é o Criador, e eu estou fazendo da minha vida um ato de santidade.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Cabaláh dos Sonhos

O SEGREDO DOS SONHOS

sonhos

Não é muito difícil afirmar que cada pessoa sonha, ou que alguma vez sonhou. Ao despertar de um sonho agradável ou de um pesadelo, é natural que surjam uma série de interrogantes e o impulso lógico é buscar respostas no campo secular, sem pensar que a Cabaláh, que contempla cada aspecto da vida, desde o mais significativo ao mais mundano, nos proporciona um acúmulo de informação que serve de guia e tem a virtude de ser verídica. É surpreendente a quantidade de referências que existem, nas obras filosóficas, e especialmente nos escritos místicos da Cabaláh.

Os sonhos têm uma vida tão longa quanto a do ser humano. Alguns dos sonhos relatados na Bíblia têm caráter profético. A Cabaláh afirma que os sonhos contêm importantes predições e Rabi Isaac de Luria assevera que muitos profetas viram suas profecias em sonho.

O primeiro sonho profecia, o teve o Patriarca Avraham, quando fez o Pacto com D’us e Este lhe assegurou que seria pai de um povo números. Neste momento ele ficou adormecido e, em sonhos, ouviu a voz de D’us, o Qual predisse o futuro de sua descendência, seus sofrimentos no desterro e sua recompensa. O segundo sonho profético o teve o Patriarca Iahacov (Jacob), quando fugia do seu irmão Essav (Essau) e viu a escada que chegava até o céu, pela qual ascendiam e descendiam Mensageiros Celestiais. D’us lhe falou de cima da mesma, prometeu-lhe proteção e fecundidade e assegurou-lhe que esta terra pertencia à sua descendência. O terceiro sonho profético é o de Iossef (José o príncipe de Egito), o dos feixes no campo, o sol, a lua e onze estrelas que se inclinam diante dele. Logo se relata a explicação que Iossef (José) deu aos sonhos do copeiro e do padeiro do Faraó, bem como a interpretação dos sonhos do próprio faraó, que se cumpriram com os sete anos de abundância e os sete anos de seca e fome.

As fontes bíblicas e Rabínicas distinguem entre os sonhos proféticos e os chamados sonhos normais, que podem expressar aspectos pessoais cuja importância depende não só da compreensão de quem os sonhou, mas da perspectiva objetiva que outro lhe possa acrescentar. Os sonhos podem conter uma mensagem ou ser a expressão da configuração dos pensamentos que a pessoa armazenou.

O ponto crítico é que os Sábios do Cabaláh consideram que as pessoas não sonham para satisfazer um desejo - seja este de ordem sexual, como o postula Freud, de poder, segundo Gustav Adler, ou de uma inspiração cósmica e transcendental, como o afirma Carl Jung. Muito mais que isso, eles vêm os sonhos como expressão de toda uma ampla gama de idéias que vai desde acontecimentos quotidianos, não assimilados, até o mais profundo simbolismo; desde desejos irracionais à racionalidade; da moralidade à sabedoria inconsciente - uma função muito importante do processo mental que, eles supõem, pode ser potencial para inspiração divina.

Outra característica comum dos sonhos é a linguagem simbólica, aquela na qual as experiências, sentimentos e pensamentos são expressos como se fossem vivências sensoriais ou eventos do mundo real.

É uma linguagem com uma lógica diferente à que temos quando estamos despertos, está governada por intensidade e associação em vez de por tempo e espaço; é universal, e a raça humana a desenvolveu em forma constante.

A Cabaláh fala da necessidade de interpretar os sonhos; um sonho mau pode transformar-se em um bom, o que se chama "melhorar o sonho", pois ao se interpretar para o bem, o bom se cumprirá, sendo certo também o contrário. Os reis de outrora contavam entre seus assessores com pessoas com a habilidade na interpretação dos sonhos; houve sábios judeus que se dedicaram a esta disciplina e na Literatura Rabínica se fala de 24 especialistas neste assunto que residiam em Jerusalém e eram generosamente retribuídos por seu ofício.

 

Sonho e exílio

Em termos macrocósmicos, o mundo se considera dormindo, incapaz de reconhecer a Divindade que o permeia; só percebe o tangível, a realidade física, e considera a espiritual um mito, já que esta não está revelada. Quando seja revelada a Energia, o mundo se aperfeiçoará e a Divindade ficará a descoberto. A revelação Divina, como a luz da manhã, despertará os dormidos filhos de Israel. Assim como a luz do dia segue à escuridão da noite, do mesmo modo a luz revelada virá depois da escuridão do exílio; será o fim das contradições, o final do sonho; a mudança total de um momento a outro, o despertar do mundo para uma nova era.

O ponto de vista místico

Considera-se que quando a pessoa dorme, sua alma se libera das limitações e vínculos que o corpo lhe impõe na vida diária. A alma tem cinco níveis: Nefesh, que é o impulso vital; Ruach, que nos permite funcionar; Neshamáh, Chaiáh e Iechidáh. Na medida que o nível é mais espiritual, menor é a restrição da alma. As pessoas que têm todos os níveis ativos durante o dia são os Profetas, através dos quais fala D’us; aqueles que têm os quatro níveis ativos, podem ter visões proféticas; com os três, sonhos, intuições e premonições.

A alma pode ser comparada a um periscópio que vê tudo o que os olhos não podem ver, e a pessoa dormida libera a alma do que o consciente não aceita. O Zohar diz que quando a pessoa dorme, a alma se eleva e retorna à sua fonte; lá se refresca e logo retorna para começar de novo cada dia com vigor e energia. É realmente o corpo que deve descansar; a alma não vai dormir, faz o que lhe corresponde no seu âmbito. Se a pessoa leva uma vida de santidade, uma vida honesta e clara durante o dia, a alma sobe rapidamente e isto se reflete nos sonhos positivos, agradáveis, significativos, Quando se tem uma atitude negativa ou de pessimismo, geralmente os sonhos têm a mesma natureza; a alma fica então estancada num lugar entre a alma e o corpo e produz-se o que se conhece com o nome de "pesadelo".

Quando estamos acordados, somos seres racionais, ativos, realistas; ao dormir, passamos a um tipo de existência totalmente diferente; podemos conceber coisas que nunca ocorreram, na realidade coisas sem antecedentes. Algumas vezes somos os heróis, outras os vilões, em belos cenários ou em cenas de terror. Mas a maioria dos sonhos compartem a característica de não se limitarem às leis da lógica que governam nosso pensamento consciente. Descuidam-se as categorias de tempo e espaço: pessoas falecidas podem estar de repente vivas, acontecimentos que vemos como parte do presente podem ter ocorrido há muitos anos. Também não se presta maior atenção ao espaço. Podemos nos trasladar de um lugar a outro com rapidez, estar em dois lugares ao mesmo tempo, fundir duas pessoas numa ou converter uma pessoa em outra. Nos sonhos somos criadores de um mundo onde o tempo e o espaço que limitam todas as atividades de nosso corpo, não têm nenhum importância em absoluto e, contudo, têm a característica de serem reais, tão vivos que nos fazem questionar a realidade, com a desvantagem de que são rapidamente esquecidos ao acordar.

A interpretação dos sonhos não pode ser feita em forma homogênea. Embora os símbolos comuns e universais precisam ser considerados, é necessário se basear nos fatores pessoais, pois símbolos iguais podem significar coisas distintas para pessoas diferentes.

domingo, 10 de abril de 2011

A Cabaláh para os conflitos

Qual dos dois cachorros vencerão?

El alma y sus conflictos

“Sólo te ama aquel que ama tu alma”

Um homem sábio descreveu certa vez em seus conflitos internos:

Dentro de mim existem dois cachorros, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil.

“Os dois estão sempre brigando..."

Quando então lhe perguntaram:

Qual dos cachorros ganharia a briga?

O sábio homem parou,

refletiu

e respondeu:

"Aquele que eu alimentar".

“Nem só de pão viverá o homem, mas por tudo que procede da boca de D’us.”(Deuteronomio capitulo 8, versículo 3). Amén !!!

Esses cachorros são o instinto bom e o instinto ruim que existe em cada ser humano. O instinto bom, chamado de ietser hatov, é que possui a energia, a conexão com a Fonte Primaria, onde se alimenta a Alma. O instinto ruim é o lado escuro que esta em cada ser humano, que pode ser para cada um como “o buraco negro de nosso próprio universo”. Só com muita luz, ele começa a perder sua força destrutiva e ganha potencialidade no crescimento do ser humano.

Os três primeiros níveis da alma, dos cinco, Nefesh (alma do ser vivo), Ruach (alma intermédia), Neshamáh (alma superior), estão em paralelo com três centros de inteligência humana: a barriga (sobrevivência física), o coração (centro emocional), e a cabeça (centro mental). O trabalho de hitbodedut, meditação produto de um auto-isolamento, é um trabalho para poder meditar através do isolamento da mente a estímulos externos, assim como isolamento físico. Desta forma conseguimos que alma do ser humano possa reconectar-se, e aprender a discernir. Realizar este exercício permitira reconhecer “qual é o cachorro que necessita ser educado”, e por tanto alimentar-lo em forma correta.

Elimina a D’us e se haverá feito a noite na alma humana

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Cabaláh da Influencia

SUA VIDA AFETA OS DEMAIS!

A Ciência da Engenharia da Alma1

Às vezes não percebemos que tudo que fazemos

Afeta não só nossas vidas, mas toca também as dos outros.

Um único sorriso alegre pode sempre animar o dia

De qualquer um que estiver passando por seu caminho.

Um pouquinho de atenção, demonstrando que se importa com o próximo

Cria um raio de sol que vocês dois poderão desfrutar.

Sim, a cada vez que você estende uma mão amiga,

A cada vez que demonstra que se importa e entende,

Toda vez que tem uma palavra amável e gentil para oferecer,

Você ajuda alguém a encontrar beleza nesta preciosa vida que vivemos.

Pois alegria traz alegria e caminhos cheios de carinho trazem o amor,

E dar é o tesouro do qual a satisfação é feita !

Beleza, representada pela Sefiráh Tiferet,

A qual está no centro do Arvore da Vida.

Como fonte de luz, esclarece a noite e ilumina o dia.

Isto é amor, isto é dar.

Dar é Chessed, Misericórdia, a Sefiráh que equilibra os desejos de poder.

Está em linha com Hod, Gloria, a Sefiráh, que nos engrandece,

Quando dar é uma beleza, e glorifica nossas vidas,

Na magnificência de nosso ser, aumentado a energia,

Que dá sentido a nossa vida.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Cabaláh de Dar-se, A Cabaláh de Amar

O dar é a capacidade de Amar

Chagall e o amor

“Quanta verdade tem nossos sentimentos?, Isto é produto da sinceridade deles, mais deve combinar-se com o olhar da pessoa, para mostrar-lhe a transparência dos mesmos, senão são como palavras sem conteúdo expressadas com um sentimento vazio.”

“Cantar é o mais belos dos poemas, porque se desenha o mapa de nosso estado psicológico, a fontes de energia espiritual, a relação entre um e eles.”

É a combinação cósmica das Sefirot (emanações), com qualidades masculinas e femininas, intelectuais e emocionais, que combinadas exercem uma energia de entrega, de dar, e por tanto de amor.

A Cabaláh ensina que a Sefiráh Malchut (Reino, também é conhecida como Shechináh. A Shechináh desceu ao mundo para ser um copo para a Luz Divina e por tanto a experiência de comunicar-nos), é a que representa a fala, por tanto se pode falar sem dizer nada, o se pode dizer sem necessidade de falar. Se observarmos a figura “Arvore da Vida”, com suas 10 Sefirot, temos uma Sefiráh que a conseqüência direta de Chochmáh (sabedoria) e Bináh (inteligência), que é Dahat (conhecimento), observamos que diz no Livro de Gêneses (Bereshit), Capitulo 4, versículo 1: E conheceu Adam a Eva, sua mulher, e ela concebeu...”

Por tanto o conhecer é a transcendência da união, onde a Chochmáh deposita sua semente na matriz de Bináh. Chochmáh é masculino e Bináh é feminino. O conhecer a outro, é a inteligência de compreender e a sabedoria de entender, e o conhecimento me faz ir em busca de meu inconsciente para conquistar meu ego, e finalmente entregar-me para dar, e por tanto Amar.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A Cabaláh do Ensinamento

Um Aprendizado da Cabaláh

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Os Cabalistas ensinam, baseados nas Sagradas Escrituras que somos responsáveis por tudo que acontece em nossas vidas.

Não existe vítima,

Não existe acaso,

Não existe acidente.

Nós mesmos podemos atrair todos os eventos de nossa vida.

Quer saber qual a causa de qualquer acontecimento negativo?

É o comportamento em relação a outras pessoas, seja nessa vida seja em vidas passadas, é a força de ação e reação no mundo espiritual.

Tratar outro ser humano não como seu ser igual, fazendo dele maior ou menor, é a causa espiritual das doenças e de qualquer forma de caos. O caos que enxerga-se na vida material, é uma transformação do produzido no interior dos seres humanos.

E a cura deve vir da alma, da transformação espiritual. Da mudança de rumo, de deixar procurar fantasias e ilusões e compreender que a essência do ser humano está em desenvolver o interior em procura de conquistar suas paixões.

Quando nos tornamos pessoas melhores, conectamo-nos com a Força do Criador.

A fonte de toda plenitude e cura.

Seja o melhor que puder ser para todas as pessoas ao seu redor: elas fazem parte da sua vida.

Com elas ou por elas, terás a paz que procuras no coração.

Paz no interior é o primeiro grã passo para crescer, ascender e realizar todos ou grã parte dos objetivos na vida.

Esquecer a relação com outro é perder a dimensão humana, negar a luz do interior de cada um. Harmonia se da na medida que não deixamos de lado nossas raízes.

terça-feira, 29 de março de 2011

A Cabaláh da Boa Ação

Uma boa ação em um ser humano

caridad

Diferente dos animais, que não possuem livre escolha, o homem é capaz de se rebelar contra seu Criador. Assim, antes de o ser humano realizar de fato boas ações ele esta em um nível mais baixo que os animais, porque ele tem o potencial para transgredir, enquanto que os animais, não. Por ISS, o ser humano, foi a ultima criação, tendo em vista que até se esforçar para fazer o bem, ele é a mais baixa das criaturas.
Disto nós, podemos aprender a real importância da realização das boas ações, pois, sem elas, uma pessoa não tem nenhum mérito, a ponto de até “os insetos o precederam na ordem da Criação”.
O fato da realização de boas ações, nós leva, a sentir que cada ação é como um renascimento, porque permite a nossos olhos enxergar a Divina Presença, e aí a Manifestação Divina nos prove de uma energia, baseada em uma mistura de Sefirot (atributos imateriais de D’us) intelectuais e emocionais, que apesar de suas características “metafísicas”, nos relacionam com todos os aspectos da realidade e da experiência humana.


terça-feira, 22 de março de 2011

A Cabaláh da Força

A idéia mística do vigor

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O mestre da Cabaláh aproximou-se e disse a seus discípulos:

Está escrito no livro dos Salmos: “A voz do Senhor ressoa com vigor” (Salmos 29: 4).

E perguntou: “É vigor ou é força?”. Os alunos ficaram perplexos perante a pergunta. O mestre, então, docemente respondeu: “Os dois falam de energia, a energia canalizada por meio das atitudes a tomar”.

Uma vez mais, o mestre, com um sorriso em seu rosto, perguntou: “Então, de qual vigor estamos falando?”.

No vigor ou força que há em cada um de nós, para que encontremos nossas vocações e potencialidades. Aí deve entrar a voz do Senhor, e aí ela (a voz) deve se materializar. Fixou seu olhar e expressou: “Se sabes cantar, canta a melodia que expressa o universo; se sabes correr, move os pés, e que o mundo perceba nessa corrida o dinamismo do ser; se sabes cozinhar, faz disso uma obra de arte.

Instaurou-se, então, um profundo silêncio. Os alunos tinham sua visão dividida: uma física, que olhava o infinito, e a outra, que explorava seu interior. O mestre, percebendo a confusão deles, esperou que os alunos respirassem profundamente, que meditassem. Ele estava exigindo muito deles, mas só desejava que fizessem das suas vidas uma obra de arte!

Com a luz brilhando em seu rosto, o mestre tomou a palavra e disse: “A vida deve ser uma evidência de D’us, uma obra de arte”. Como está escrito no livro Deuteronômio – “Beiad chazakáh uvizroha netuiáh” (“Com mão segura e braço estendido”) –, cada um de vocês é chamado de ADM (אדם) – lê-se Adám, Adão. A primeira letra do alfabeto hebraico, Álef (א), assim como a primeira letra da palavra Adam, é o início Divino na tua pessoa. A segunda letra da palavra Adam, Dálet (ד), significa porta, abertura para o universo. E outra vez, estendendo sua mão cálida, disse: “Tu és a porta”. A terceira letra da palavra Adam, Mem (ם), é a letra essencial que se refere à Mãe e ao princípio da Fé, e com ela se constrói o Amén (אמן), isto é, assim seja. A raiz da esperança.

Isto és tu, isto é cada um de nós, isto acontece.

Isto sucede, se cada um de vocês encontrar o vigor em seu interior. E o mestre, com uma voz doce e agradável, começou a cantar uma melodia que elevou a autoestima, a força interior de seus discípulos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Cabaláh da Verdade

Emet – Verdade

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Os discípulos de um rabino, famoso por sua erudição e finura, perguntaram a causa pela qual acostumava esclarecer a verdade, contando uma história.

Ele respondeu:

- Isso eu posso explicar contando uma parábola sobre a própria parábola.

“Um dia, a Verdade andava visitando os homens, sem roupa e sem adornos, tão nua como o seu nome. E todo mundo que a via dava-lhe as costas, de medo ou vergonha, e ninguém a cumprimentava. Assim, a Verdade percorria aos confins da Terra, rejeitada e desprezada.

Uma tarde, muito abalada e triste, a verdade encontrou a parábola, que estava andando feliz com um vestido muito bonito e colorido.

- Verdade... Por que estás tão abatida? - Perguntou a Parábola.

- Porque eu sou tão velha e feia que os homens me evitam - disse a verdade.

- Que disparate - riu a Parábola.

- Não é por isso que os homens te evitam. Toma, veste uma das minhas roupas e veras o que acontece.

Então, a Verdade colocou-se um dos lindos vestidos da Parábola e, de repente, onde quer que fosse, era bem-vinda.”

O rabino sorriu e concluiu:

- Bem, a verdade é que os homens não gostam de encarar a verdade nua... Eles a preferem disfarçada.

A palavra em hebraico para verdade é EMET (EMT = אמת), conformada por três letras: Álef (א) a primeira letra do alfabeto hebraico, o principio do inicio, o que representa em sua forma o ser humano com seus dois braços, um esticado para cima e outro esticado para baixo, é conexão dos mundos o superior com o inferior, e a procura do encontro, do equilíbrio entre o mundo espiritual e material.

A segunda letra, Mem (ם-מ), esta letra tem duas formas: uma conhecida como Mem aberta, é utilizada no início e meio da palavra e outra fechada, que só é usado no final das mesmas. A Mem aberta indica que existem pontos referentes ao acionar do Criador, que estão ao alcance de nossa compreensão, e a Mem fechada indica o oculto e incompreensível. Nomeia-se a D’us em muitos partes com o nome de Makom (lugar), que começa com a letra Mem aberta (מ), a possibilidade de conhecer-nos através de D’us, e finaliza a palavra Makom, com letra Mem fechada (ם), já que apesar de todo sua essência, esta fechada para nós. Seu valor é 40, o número que entre outras coisas representa 40 días para formar-se o feto humano com forma completa. 40 anos é o tempo em que a pessoa chega à sabedoria.

Taf (ת), a letra Taf representa e simboliza a "verdade". Ao principio não chama atenção, porem é interessante no final. Taf: Ao contrário da análise e simbologia que representam cada letra, com a primeira letra da palavra, como por exemplo, a letra Shin(ש), e inicio da palavra sheker (mentira), shalom (harmonia). Porem o símbolo da letra Taf é dada pela última letra da palavra "Emet", a verdade. Precisamente esta é a característica geral da verdade, à primeira vista parece à mentira mais interessante. A verdade é valorizada no final.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Construa um Novo Interior

A Cabaláh:

A Ciência da Engenharia da Alma

Ing. da Alma

O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas. Gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc.) são afastados de seu contexto de origem. Criam, assim, muitos males para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis.

Este espaço foi criado para você, buscador do verdadeiro misticismo, fundamentado em conceitos que fazem com que sua realidade complexa, nebulosa, possa sair com ar de vitória e de obtenção de soluções para enfrentar os desafios da vida.

E para que você, pessoa de sucesso, possa mantê-lo e seguir construindo uma imagem que proponha o êxito, sem perder seu contexto real.

Cabaláh é algo que é recebido e que não pode ser conhecido apenas através de leituras simples ou da busca intelectual.

É o conhecimento interior que tem sido passado de sábio para aluno desde o despertar dos tempos. Permitindo que aqueles que assumam esse conhecimento, essa sabedoria, possam concretizar seus sonhos, estabelecer metas bem definidas e ser capazes de realizá-las.

E com uma nova visão de suas ilusões, descobrir as capacidades internas e fazê-las atuar em harmonia com o mundo externo. Assim, você, que pode se encontrar muitas vezes consumido pela tristeza, ou demonstrando uma alegria aparente, começa a perceber que o mundo tem outras cores, giros, velocidades, que mobilizam as dinâmicas espirituais que levam ao verdadeiro crescimento.

Como?

Por meio de palestras, coletivas ou individuais, que propiciam a liberação das opressões e permitem um avanço, através de passos seguros, em busca do amor, da segurança, do êxito profissional, de uma vida real, e não de sonhos.

Quando?

Agora, porque o amanhã pode não estar ao nosso alcance, e teremos perdido a oportunidade.

Contate-se

Por meio de nossos endereços eletrônicos:

cursodecabalah@terra.com.br // cursodecabalah@gmail.com

Não importa sua crença, a Cabaláh é a ciência que constrói seu mundo interior por meio da engenharia da alma.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Cabaláh da Alma – 4ª parte (final)

Imortalidade e a alma
4ª Parte
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A reencarnação: retificando os erros
Quando uma alma deixa seu corpo, adentra esse Mundo das Almas, onde permanece, em estado de repouso. Durante esse período, experimenta um sublime deleite. Seu nível, no Mundo das Almas, também é determinado por suas realizações, da mesma forma como o será em sua recompensa final. No entanto, a verdadeira perfeição destinada aos que desta são dignos, não é atingida somente pelo corpo ou pela alma, mas por ambas as partes, em conjunto, após a Ressurreição. Observamos isto no livro Sefer Yetsiráh (Livro da formação) e Sefer Habahir (Livro da iluminação)
Uma mesma alma humana pode ser reencarnada várias vezes, em corpos diferentes, tendo dessa maneira oportunidade de retificar danos feitos em encarnações anteriores ou de atingir a perfeição não alcançada previamente. Em sua origem, a alma é parte da Essência Divina, sendo totalmente pura. Mas, em sua vida terrestre, pode desviar-se. Será, pois, necessário voltar para retificar os erros ou para tentar ascender a níveis espirituais mais elevados.
Ao cabo de todas essas encarnações, a alma é, finalmente, julgada. E esse julgamento depende de tudo o que aconteceu em suas várias encarnações, ou seja, de sua condição como ser vivente em cada uma destas.
É extremamente rígido o julgamento Divino de cada indivíduo. Abrange todos os aspectos de sua natureza e de sua exata situação. Porém, no Mundo Vindouro, o do Bem verdadeiro, cada indivíduo terá que arcar apenas com a responsabilidade por sua missão e ação neste mundo - e não pelo que não resulte de seus próprios atos. Contudo, o ponto crucial é o fato que tudo ser verdadeiro e justo, como afirma a Toráh, o Pentateuco, (Deuteronômio, 32: 7): "A obra do Criador é perfeita, todos os Seus caminhos são justiça".
Nada que foi criado pode englobar os pensamentos de D'us, nem a infinita profundidade do Seu plano. Sabemos apenas que o princípio da reencarnação, como uma das experiências humanas, também segue a regra do julgamento imparcial, determinado por D'us, para aperfeiçoar a humanidade como um todo. O princípio da reencarnação é o da continuidade, de maneira que uma obra não seja aniquilada pelo desaparecimento de um "ser".
A reencarnação pode ser explicada por uma bela analogia de Rabi Moshé Cordovero[1], ou autor do Livro: “Tamareira de Deborá: é como a chama de uma vela, que pode acender muitas outras sem que sua própria flama se veja diminuída...


[1] Conhecido como RaMaC, um dos primeiros cabalistas da Época dourada de Safed (Tsfat), berço da Cabaláh, século XVI. Este livro nos lega a capacidade de poder encontrar, com uma intensa possibilidade, um grã sentido de propósito a nossas vidas.